Acrobacias e corridas dominam o Modelódromo no feriado prolongado

Centro esportivo foi palco da 1ª etapa do Campeonato Paulista de Aeromodelismo - VCC

Para começar o mês de maio com o pé direito, o Centro Esportivo e de Lazer Modelódromo do Ibirapuera foi palco da 1ª Etapa do Campeonato Paulista de Aeromodelismo VCC – Voo Circular Controlado 2015, nessa sexta-feira (01) e nesse sábado (02). A Federação de Modelismo Desportivo do Estado de São Paulo (FMDESP) organizou o campeonato com o apoio da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação (SEME).

A competição foi dividida em três modalidades: acrobacia (F2B) com as divisões open (competidores com mais experiência), fai (competidores com experiência média) e mini-fai (competidores com menos experiência); speed (F2A) e team racing (F2C).

Os aviões do aeromodelismo, independentemente da categoria, devem seguir um padrão regulamentado pela Federação de Aeronáutica Internacional (FAI). O participante pode construir o avião ou comprar um kit pronto, que vem com todas as peças recortadas para montar. Ele custa em média R$400 reais.

Acrobacia

Na categoria acrobacia os participantes são avaliados pelos três ou cinco juízes que ficam em posição estratégicas observando as manobras que fazem com os aviões. Cada manobra vale um ponto. A partir do momento em que o participante liga o motor do avião até pousá-lo de novo no chão, o tempo máximo de apresentação deve ser de 7 minutos.

A segurança é um dos fatores mais focados pelos organizadores. Antes de começar a competição é feito um teste de tração nos aviões para saber se o equipamento está em condições de voo. Como já diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar, além do manete, que o competidor segura para controlar o avião, existe uma algema que é presa no braço também, no caso dele soltar o manete e o avião atingir alguém ou algo.

Dessa categoria, considerando as divisões open, fai e mini-fai, participaram 20 pessoas.

Na classificação final da acrobacia, o primeiro lugar da open ficou com Bene Rodrigues, que fez um total de 2259,67 pontos. Na fai, Francisco Fontenelle ocupou a primeira posição com 1952,17 pontos. O primeiro lugar na mini-fai foi do Emanuel de Almeida, que alcançou 440,67 pontos.

Bene Rodrigues, vencedor da open no campeonato, é presidente da FMDESP e também competidor da modalidade acrobacia há 30 anos. Bene tem um currículo extenso. Ele ficou em oitavo lugar na Hungria em 2012, em décimo quinto na Polônia em 2014, em quinta posição na França em 2013 e agora está convocado para o próximo campeonato em 2016, na Austrália.

Para ele “é um desafio construir um avião e fazê-lo voar. Faz parte de mim, quase não sei fazer outra coisa.” Mas ser um vencedor no aeromodelismo não é de um dia para o outro. Segundo Bene, é necessário “muita prática, muito conhecimento e muito treinamento”.

Speed e Team Racing

Nessas categorias são três competidores por bateria. A chamada bateria é dividida em classificatória e final. Na classificatória são feitas 100 voltas e a cada 33 tem um pit stop (área onde fica equipe e mecânicos), como se fosse uma Fórmula 1. O avião pousa, abastece e sobe de novo. Os três melhores tempos da classificatória vão para a outra divisão da bateria, a final. Na final são 200 voltas e quem ganhar a prova ganha o campeonato.

Para participar, a pessoa precisa de um equipamento completo: um avião com motor, um tanque especial para abastecer mais rápido, um cabo de aço e um manete para ligar ao piloto e uma bomba de personificação, que é para por o combustível no tanque durante a prova.

Cada prova dura 4 minutos aproximadamente e são 100 voltas por prova, atingindo a velocidade de 200km/h. Para Luciano Machado, engenheiro e competidor há 18 anos, “investir no óleo e na lubrificação é importante para que o equipamento tenha a vida mais longa”.

Luciano já foi campeão brasileiro e recordista sul-americano em velocidade, mas não entrou com esse objetivo. “Eu vim para cá para fazer amigos e não para competir, aí acabei gostando de esportes e cheguei ao mesmo nível dos profissionais”, afirma.

Para quem pretende vencer nessa categoria, Luciano dá algumas dicas. “Para ganhar precisa ter um bom equipamento, que é caro e conhecer de química e altitude. Em cada etapa do campeonato, fora e dentro da pista e fazendo uma prova tem vários fatores que podem contribuir ou não para o sucesso do competidor”, finaliza.

Na modalidade speed, o primeiro lugar ficou com Márcio Silveira, que atingiu 288,89 km/h. Já na modalidade team racing, a dupla formada pelo piloto Wellington Mary e pelo mecânico Valmir Brait ficou na primeira posição, com 200 voltas realizadas em um tempo de 7 minutos e 18 segundos.

Campeonato Brasileiro com o 2º Encontro Internacional de Aeromodelismo

Em outubro será realizado no Centro Esportivo e de Lazer Modelódromo do Ibirapuera o Campeonato Brasileiro com o 2º Encontro Internacional de Aeromodelismo.

Países como Japão, Estados Unidos, México, Cuba, Argentina, Bolívia, Alemanha, França, entre outros, irão participar.

A previsão é de que cerca de 400 competidores nacionais e internacionais das três modalidades de aeromodelismo participem do evento. A competição vai durar 2 ou 3 dias, dependendo do número de competidores.

As etapas que acumulam pontos já estão acontecendo em São Paulo e em outros estados. Quem for melhor leva 20 pontos para somar nas outras provas. A final será esse campeonato, em outubro.

Texto:
Raphaela Dias - rdbatista@prefeitura.sp.gov.br


Fotos:
Paulo Dias - psdias@prefeitura.sp.gov.br

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