Hoje há um grande reconhecimento do Judô no Brasil, mas nem sempre foi assim. Em 1984, o país ganhava sua primeira medalha nos Jogos Olímpicos pelas mãos do atleta Luiz Ommura que disputava na categoria leve (até 71Kg).
O judoca foi considerado o primeiro brasileiro a ganhar uma medalha Olímpica. Antes dele, apenas o esportista japonês naturalizado no Brasil, Chiaki Ishii, havia conquistado uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. Já o campeonato que marcou a história do Judô no país aconteceu em Los Angeles e foi um pontapé inicial para o crescimento da modalidade no Brasil.
Aos dez anos de idade, o jovem atleta iniciava sua carreira como judoca e mal sabia que se tornaria um dos ícones do esporte. Em sua carreira, Onmura conquistou três medalhas de prata nos Jogos Pan-Americanos, sendo a primeira em San Juan (1979), na categoria meio-leve; a segunda em Caracas (1983), na categoria leve; e a terceira em Indianápolis (1987), na mesma categoria. Já o ouro veio no Campeonato Pan-Americano de 1980 e no Sul-Americano de 1983.
Recentemente, o judoca visitou o COTP (Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa) para conversar um pouco com os novos atletas em formação. “Há três fases para o crescimento no Judô: a casa, a escola e a parte técnica”, afirma. Onmura ainda completa dizendo que o Centro Olímpico oferece uma ótima infraestrutura para o crescimento e aprimoramento dos novos judocas, apesar de ainda poder melhorar.
Em tom bem humorado, Onmura ressalta que por ter baixa estatura a maioria de seus adversários eram maiores do que ele, mas isso nunca foi um impedimento para chegar ao podium. Quando questionado sobre o comportamento que os novos competidores devem ter, o medalhista olímpico diz: “Sejam verdadeiros guerreiros!”. Já para aqueles que não disputam algum título ele completa: “Continuem executando todo o seu conhecimento, desde a filosofia do Judô até o respeito com todos, inclusive aos pais e professores”.
Onmura sempre se inspirou em grades nomes da modalidade, como o judoca Tico (campeão mundial e pan-americano, entre outros títulos), e diz que todo atleta deve se espelhar em algum outro com grande potencial para o seu crescimento no esporte.
Texto: Daniel Alves - dalves@prefeitura.sp.gov.br
Foto: Estella Gomes - ecgomes@prefeitura.sp.gov.br