Esportes radicais dominam a 10ª Virada Esportiva

Adrenalina e diversão marcaram o fim de semana em mais de 400 locais na capital

Os esportes radicais tomaram conta da 10° edição da Virada Esportiva de São Paulo, que aconteceu no último final de semana em 400 locais da capital. O evento, realizado pela Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, ofereceu atividades para todas as idades e desafiou até os mais corajosos em vários pontos da cidade. A estimativa é que cerca de 500 mil pessoas tenham participado da Virada.

No Vale do Anhangabaú, este ano, além da tradicional tirolesa, o público pode conferir atrações mais radicais como o rapel, bump jump, um colchão de ar gigante que absorve o impacto da queda livre, mega parede de escalada, onde os participantes tinham a oportunidade de descer de um escorregador de 13 metros de altura.

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O New Zeland Zorbit, a bola gigante inflável; o Bungee Fun; o Giro Master; arco e flecha; rapel; Freestyle, Motocross, Parkour, Escalada, Rapel, Full Pipe e Slide 2×1 e a clinica de tênis, entre as inúmeras atrações no local, que recebeu milhares de pessoas no sábado e domingo.

Presente no evento, o segundo maior medalhista em jogos pan-americanos, o mesa tenista Hugo Hoyoma, que desde 2013 é técnico da seleção Brasileira Feminina e participou pela quinta vez na Virada, ressaltou a importância de promover o esporte: “Quem sabe eles possam se interessar pelo Tênis de mesa”.

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O Clube de Regatas Tietê também foi palco dos esportes radicais, como simulador de asa delta, tirolesa, queda livre, escalada modular, slack line, bungee jump e brinquedos infantis. Todas as atividades eram acompanhadas de trilhas sonoras variadas. Centenas pessoas participaram dessas atividades durante a tarde de sábado.

Já no Centro de Esportes Radicais, as pessoas aproveitaram para se divertir no estilingue humano – Eject X; nas arenas de patinação, pistas de skate, no skacline, balonismo. Enquanto isso, na zona leste, o Centro Esportivo, Recreativo e Educativo do Trabalhador (CERET) ofereceu diversas atividades como oficina de graffite, parkour, bboys (batalha de dança), clínica de judô e escotismo.

O Parque Chácara Jokey, localizado na zona sul da capital, recebeu cerca de 2500 pessoas nos dois dias do evento. Em parceria com a Federação Paulista de Skate, o espaço contou com quatro atividades e 12 categorias. Lucas Oliveira, 20 anos, conhecido como Lucas 13, foi um dos 350 atletas que competiram no local. “Estou gostando bastante do evento, a organização está de parabéns!”, diz.

No Jockey, assim como no Parque do Carmo, além dos esportes radicais, houve a prática de pebolim humano.

No CDC Guarapiranga, localizado na Zona Sul da cidade, mais de 300 pessoas se reuniram para praticar Stand Up Paddle e caiaque. As atividades da Virada Esportiva foram realizadas das 9 às 18h. A segurança foi a prioridade dos organizadores que contaram com uma equipe composta por instrutores e salva-vidas.

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No período da tarde, o parque ficou mais familiar. Adultos e crianças se divertiram no local. No sábado, um casal de noivos aproveitou a Virada Esportiva e o cenário do CDC Guarapiranga para fazer uma sessão de fotos no caiaque.

Todos os Centros Esportivos e diversos CEUs da prefeitura de São Paulo também promoveram campeonatos de futebol, handebol e outras atividades esportivas ao longo do sábado e domingo.

Unidades do Sesc também se juntaram na maratona. Entre elas a do Sesc Pompéia, que recebeu partidas de Goalball, jogo para cegos. E quem (deu) coordenou as aulas sobre o Goalball foi o próprio técnico da Seleção Brasileira, Alessandro Tosim. “Essa é uma das modalidades que mais teve reconhecimento nos Jogos Paralímpicos e isso é muito legal. A visibilidade que estão dando aqui é interessante porque as pessoas ficam conhecendo mais sobre o esporte, o que já é uma forma de inclusão.”

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A oportunidade de jogar com venda nos olhos e com dicas do técnico da seleção teve grande participação da criançada. Carlos Ângelo, 12, diz que assistiu as partidas na Paralímpiada pela TV e ficou com vontade de praticar o esporte. “É difícil, mas eu gostei muito. Estão dizendo que eu sou bom, quero continuar.”

Já o Leon Brito, também com 12 anos, não assistiu o Goalball nos Jogos, mas tem um pedido. “Eu nunca tinha jogado antes, queria que tivesse todo final de semana, é muito legal”.

Assim, a Virada Esportiva permitiu que crianças e adultos praticassem não só esportes tradicionais. Além de práticas radicais, também houve jogos de inclusão social.

 

Texto: Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação
Fotos: Francisco Pinheiro e Daniel Alves