Futebol que nos une: Histórias do Centro Olímpico

Conheça um pouco mais da história de quatro atletas de futebol do Centro Olímpico convocadas para a Seleção Brasileira sub-17

O Centro Olímpico é um dos maiores patrimônios da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer que a cada dia evolui com atletas de alto rendimento. Em uma história permeada de vitórias e conquistas, desta vez, o maior destaque foi o futebol, com cinco jogadoras convocadas para a seleção sub-17 para um período de treino. Gabriela Batista, Lauren Eduarda Leal, Miriam Cristina Cavalcanti, Stephanie Bianca Santos e Vitoria Moura, são os nomes destas atletas que darão este grande passo para a vida.


A quebra de barreiras

A residente da cidade de Votorantim, Lauren Leal, enfrentou as dificuldades da distância e tem deixado a sua marca no Centro Olímpico. De três a quatro vezes por semana, são percorridos cerca de 120km desde sua casa até o local de treino, em Moema.

Lauren conta com o apoio da família, principalmente do pai que atravessa as cidades e a leva todos os dias com sua motocicleta. O amor pelo futebol é tamanho que a garota de 14 anos já participou também da competição Moleque Travesso.

Mais uma vez, a garota do interior mostrou-se persistente e conquistou uma vaga na seleção sub-17. “Esse é um desafio maior, mas a gente encara como encaramos tudo. Enfrentar de frente, para voltar sempre”, diz.


De criança a atleta

Em um contexto simples, Vitoria Moura encontra-se hoje como uma campeã. O pai guarda noturno e a mãe doméstica sempre ofereceram amor e apoio à garota que sonhava em ser atleta. A irmã, por sua vez, vibra a cada jogada de Vitória.

A garota que já calçava chuteiras aos 4 anos, finalmente alcançou um de seus grandes sonhos e segue rumo a um futuro promissor. “Já passei por várias dificuldades no esporte. E hoje estou na Seleção.”


Além do preconceito

Cris Cavalcanti não conseguiu conter as lágrimas quando soube que foi convocada. Tinha acabado de sair de um amistoso quando viu várias mensagens de amigos no celular lhe dando parabéns, foi aí que veio a notícia.

Ansiosa e empolgada, a garota joga há 4 anos no Centro Olímpico e seu maior sonho é ser jogadora profissional aqui no Brasil e no exterior, não importa o time. A menina de quinze anos sempre jogou no próprio bairro. Começou em um programa social chamado “Amizade”, até saber das peneiras de futebol do Centro Olímpico; passou de primeira.

Apesar da quebra de paradigma que conseguiu mostrar para muitos, ainda sofre certo preconceito. Já recebeu ofensas, mas prefere provar que sabe jogar e não desistir dos seus sonhos.


Inspiração no esporte

Gabi Batista sempre soube que seria jogadora. O pai, hoje técnico do Marília, sempre a incentivou jogar futebol. Começou aos cinco anos em escolinhas perto de casa até chegar ao Centro Olímpico.

A volante de apenas 15 anos, já participou de campeonatos como a Taça São Paulo, Sesc São Paulo e torneios na Fedesp, todos com vitória. A corintiana entrou no Centro Olímpico em 2012, mas saiu no começo do ano seguinte. Em 2015 voltou com força total.

A garota admite que já foi mais difícil ser mulher jogadora no Brasil, mas afirma que “ainda há muita coisa para mudar”. Para ela falta mais respeito, apoio e igualdade, principalmente salarial.

 

Texto: Daniel Alves – dalves@prefeitura.sp.gov.br, Tainara Cavalcante - tainaracs@prefeitura.gov.br e Guilherme Guidetti – gguidetti@prefeitura.sp.gov.br
Foto: Tainara Cavalcante - tainaracs@prefeitura.gov.br