A luta Olímpica é um esporte pouco conhecido no Brasil. Mais popular na Rússia, Irã e Estados Unidos, têm crescido bastante no país. Se antes aconteciam um ou dois eventos por ano, as competições estão triplicando de tamanho. Isso se dá por conta do número de participantes estarem cada vez maior.
No ultimo dia 29 de Abril, houve o Campeonato Paulista Cadete e Junior, no Sesi de Osasco. Nove atletas do Centro Olímpico subiram ao pódio, com quatro medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze, nas duas categorias.
Entre os lutadores que ganharam ouro, está Juan Queiroz, de 15 anos. O atleta conquistou ouro na categoria cadete estilo livre. Está no COTP apenas há um ano, mas dos quatro campeonatos que participou, venceu três. O jovem começou a treinar a modalidade por influência do irmão Roberto Queiroz, que também pratica luta no Centro Olímpico.Na ultima competição, que os dois participaram apenas Juan conquistou medalha. O objetivo do lutador é conseguir uma boa pontuação para o Campeonato brasileiro e obter a bolsa atleta.
Isabelle Alves também foi medalhista de ouro na categoria Júnior estilo livre. A garota de 19 anos está há três anos no Centro Olímpico e já foi campeã Paulista por dois anos seguidos. Já fez defesa pessoal, mas acabou se apaixonando pela Luta Olímpica, esporte que pretende crescer cada vez mais. Hoje a sua maior dificuldade é à distância, ela demora em média três horas para chegar até o COTP.
O lutador Luiz Felipe Galvão, apesar de ter faturado prata neste paulistão, garantiu uma vaga para o Campeonato brasileiro na categoria Junior, estilo livre. O esportista já ganhou três campeonatos paulistas estaduais, além de alcançar a terceira colocação no ultimo brasileirão. Na mesma categoria, Beatriz Rodrigues também levou prata na modalidade. É a primeira medalha que ele conquistou na luta Olímpica. A menina conta que a sua maior dificuldade é se manter no peso ideal para participar dos torneios.
Thais Rocha está na Luta Olímpica há 9 anos, já perdeu a conta de quantos campeonatos já participou, mas garante que os que mais a marcaram foram os brasileiros. “É do brasileiro que você vai para o pan-americano, então é a competição principal do atleta” conta. A esportista vai encarar o brasileirão e busca o ouro, tem o sonho de participar de mundiais e até das Olimpíadas 2020.
Para a supervisora da modalidade, Lucimar Medeiros, é emocionante treinar com os lutadores do Centro Olímpico. Ela está na luta Olímpica do COTP há oitos anos e diz que se ainda existem atletas no esporte é por causa da persistência e anos de dedicação. Estar em um esporte pouco valorizado no país é uma grande luta. “Fazer com que eles virem atletas, é um pouco difícil. Mas é bem compensador. Percebemos, não só os resultados competitivos, medalhas de ouro, prata e bronze, mas também os resultados que eles trazem para a vida deles no dia a dia.”
Texto e fotos: Tainara Cavalcante - tainaracs@prefeitura.sp.gov.br