O basquete feminino é uma das dez modalidades disponíveis no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP). O esporte atende meninas a partir dos nove anos de idade, custeando desde uniformes até o auxilio para locomoção.

Todos os dias há treino de basquete nas quadras do Centro Olímpico. As meninas revezam os horários conforme suas idades e habilidades. Mas, segundo a professora do Sub-13, Alessandra Minati, 44, a falta de investimento e divulgação no esporte traz dificuldades para encontrar atletas para o COTP. “Ficamos dois anos sem essa categoria (Sub-13). Conseguimos retornar esse ano”, conta.

A cestinha do Sub-13, Rafaela Zanata, 13, concorda com a professora. E apesar da pouca idade, já entende bem das dificuldades de ser uma atleta no Brasil. “Falta muito incentivo nos esportes femininos. Porque mesmo no futebol, eles investem só no masculino”, desabafa.

Pensando justamente no incentivo e, já que as competições de basquete só permitem garotas a partir dos 13 anos, meninas entre nove e doze anos que têm interesse na prática, mesmo sem nenhuma experiência, têm ingresso automático aos treinos – ou seja, são aprovadas automaticamente. Basta ir até o Centro Olímpico, acompanhada dos responsáveis legais, nas datas indicadas (geralmente última terça-feira do mês) e preencher a ficha de inscrição. Neste momento serão apresentandas as condições de permanência, e as orientações para dar continuidade no ingresso. As futuras atletas precisam passar com a assistente social e fazer todos os exames necessários, para só depois terem acesso aos auxilios e ao uniforme (ambos gratuitos). A iniciativa tem o objetivo de formar atletas para 2019 e 2020.

Se você se interessou ou conhece alguém na idade indicada (de 9 a 12 anos), ainda dá tempo de iniciar os treinos neste semestre. A ideia é que no próximo dia 28, a partir das 14h, outras interessadas participem da primeira aula da turma iniciante e comecem a fazer parte definitivamente do COTP.

Também a convite dos treinadores, através da Rede Olímpica, alunas de duas escolas municipais, da Cidade Tiradentes e do Grajaú, conhecerão de perto o treino. Alessandra enfatiza que a falta de adesão de pessoas no Centro Olímpico acontece simplesmente porque elas não o conhecem. “A gente perde as crianças da região que estudam em tempo integral e a criança da periferia imagina que é tudo pago”, explica.

Basquete nos Centros Esportivos

O basquete também é promovido pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer nos Centros Esportivos. É o caso do Vila Manchester, localizado na Zona Leste da cidade. Lá, o basquete é uma das atividades de maior tradição e já trouxe bons resultados a alunos e professores.

Edilson da Matta Thomaz, 53, enxergou no basquete a oportunidade de não desperdiçar o tempo livre nas ruas. Hoje, como professor voluntário, ele ajuda a alimentar sonhos de outras crianças. “Comecei aqui com 12 anos de idade como atleta, depois competi pelo clube, me formei e aí virei voluntário. Aqui a gente briga para que o basquete não morra”, afirma.