Futebol vira integração social na Copa dos Refugiados 2018

Lançamento da Etapa São Paulo da Copa dos Refugiados foi realizado no Centro Olímpico e definiu os confrontos da competição

Com a presença de refugiados de 16 países foi realizada o lançamento da Etapa São Paulo da Copa dos Refugiados 2018. O evento ocorreu no auditório do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), na manhã de sexta-feira,dia (24), e também contou com a participação do secretário de Esportes e Lazer (Seme) João Farias, da secretária de Direitos Humanos Berenice Gianella, do representante da secretária de Relações Internacionais Francisco Denes, e autoridades da ONG África do Coração, responsável pela idealização da competição, da Agência da ONU para refugiados (Acnur) e da Sodexo, apoiadores da Copa dos Refugiados.

Para João Farias, incentivar uma competição em meio à maior crise de refugiados da história é uma oportunidade de traçar medidas para a integração dos indivíduos em situação de refúgio na sociedade brasileira.

“A Seme tem uma satisfação e orgulho muito grandes em ser o maior parceiro dando todo suporte para realização da Etapa São Paulo da Copa dos Refugiados. Trata-se de uma competição esportiva envolvendo uma paixão mundial que é o futebol, mas esse é um evento importante para chamar atenção à causa e mostrar que independente de onde viemos, somos todos irmãos”, afirmou Farias.

Para Berenice Gianella, a Copa dos Refugiados é um evento que tem tudo para se tornar uma referência no esporte e na integração social.

“Essa competição é muito relevante e deve ser sempre apoiada, inclusive com a introdução de outras atividades principalmente para mulheres”, destacou a secretária de Direitos Humanos.

Nas palavras de Jean Katumba, refugiado congolês e Presidente da ONG África do Coração, essa é a chance de centenas de pessoas que vieram de outros países buscando melhores oportunidades de vida, criarem um vínculo maior entre eles e os brasileiros.

“Esse é um projeto voltado principalmente para a integração social dos refugiados por meio do futebol”.

O Venezuelano Alejandro Gerardo está no Brasil há seis meses devido, segundo ele, a perseguições por parte do governo e pela situação política em que atravessa o seu país. “Fui forçado a deixar minha terra. Agora estou sozinho aqui, mas mês que vem virá um dos meus dois filhos", revela. Seus filhos têm 18 e 13 anos.

 

Acerca do campeonato, o venezuelano garante que o futebol é uma ferramenta que ajuda a passar pelos acontecimentos tristes de sua história. "Nos faz esquecer um pouco a nossa tragédia. Sem dúvida, vamos jogar para vencer a Copa dos Refugiados mesmo sendo estreiantes", comenta.

Jogos definidos

Durante o lançamento foi realizado o congresso técnico, a entrega dos uniformes e o sorteio dos confrontos da primeira rodada da competição. As partidas começam nesse sábado (25), a partir das 8 horas, no Centro Esportivo Jardim São Paulo, na Rua Viri, nº425, Jardim São Paulo. Os duelos serão entre Marrocos e Togo, Níger e Iraque, Síria e Líbano, Camarões e Angola, Coréia e Venezuela, Mali e Nigéria, Senegal e Gâmbia, e fechando a rodada o Congo enfrenta Guiné Bissau.

Os vencedores de cada partida avançam para as quartas de final que acontece no dia 26, às 8 horas, no Estádio Jack Marin, no Parque da Aclimação. Já no dia 1 de setembro, acontecem as disputas da semifinal e de 3º e 4º. Os jogos serão realizados no Centro Esportivo Vila Manchester
Praça Haroldo Daltro, s/n - Vila Nova Manchester.

A grande final será realizada no dia 2 de setembro no Estádio do Canindé.

Texto: Juscelino Pereira Jr. - jpjunior@prefeitura.sp.gov.br
Foto: Laís Oliveira - laisfoliveira@prefeitura.sp.gov.br