A semifinal da Copa dos Refugiados foi realizada neste sábado (01), no Centro Esportivo Vila Manchester. Foram dois jogos para decidir os finalistas. Às 9h, o Líbano jogou contra o Níger e, logo em seguida, a Nigéria disputou contra a Gâmbia. Os times que perderam decidiram não jogar a decisão de terceira e quarta colocação.
No primeiro jogo, o time do Níger teve a maior posse de bola, garantindo os dois primeiros gols. O camisa 12, Philip Emeka, fez o gol inicial, e Chidinma Emmanuel, camisa 11, fez o outro. No segundo tempo, a partida foi mais acirrada, com dois cartões amarelos e oito substituições. Hassan, o número 7 do Líbano, fez o primeiro gol do time e o empate veio já nos acréscimos com o camisa 9, Abdul.
A decisão veio nos pênaltis, com duas cobranças erradas do Líbano. O time do Níger perdeu apenas um pênalti e garantiu a colocação na final paulistana.
Às 11h30, a Gâmbia e a Nigéria entraram em campo, e o sol quente não impediu uma partida equilibrada, terminando o primeiro tempo em 0 a 0. No segundo, a Gâmbia avançou e, por pouco, não garantiu o gol da vitória. A partida também foi para os pênaltis e a Nigéria levou a melhor.
Mais que futebol
Níger e Nigéria conquistaram um lugar na grande final paulistana, mas o clima de confraternização era o maior destaque do evento. “A copa não é dos refugiados, é para os refugiados, a copa é nossa e feita por nós”, disse Jean Katumba, refugiado congolês e Presidente da ONG África do Coração.
A semifinal também teve surpresas. O jogador da Gâmbia conhecido como Pipoca ganhou uma chance para fazer um teste no Corinthians. Conda Yacouba havia pedido uma chance para jogar em alguma equipe aqui no Brasil e, mesmo perdendo um dos gols que poderiam garantir a classificação do time, foi contemplado com essa oportunidade.
Jean concluiu o evento comunicando que farão cursos de arbitragens para refugiados e imigrantes, a fim de que nas próximas edições mais estrangeiros possam participar do evento.
Texto e fotos: Tainara Cavalcante - tainaracs@prefeitura.sp.gov.br