Esportes Estrangeiros da SEME: Rugby

Esporte está em ascensão no Brasil e possui equipe no Centro Esportivo Tietê

 O rugby, criado na Grã-Bretanha, é um esporte praticado por homens e mulheres. O objetivo é levar a bola até a linha de gol do rival o máximo de vezes possível. Ganha a equipe que tiver mais pontos ao final de dois tempos de 40 minutos ou de 7 minutos, dependendo da modalidade.


Atendendo aos diversos biotipos físicos, o rugby é um esporte de inclusão que atende as necessidades das pessoas e ajuda na evolução do metabolismo.


Por ter sido criado fora do Brasil, o seu desenvolvimento no país ainda está em evolução. Mesmo assim, os atletas brasileiros atraem a atenção da WorldRugby, entidade responsável pela modalidade internacionalmente.


No Centro Esportivo Tietê, local administrado pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Paulo (SEME), treina o UniãoRugby, equipe formada em 2009 por admiradores da modalidade.

 


O técnico do clube, Marcos Lima, praticante de rugby há 11 anos, falou sobre o crescimento do esporte em território nacional.


“Estamos ganhando espaço na mídia. Mundialmente, o Brasil está sendo visto com bons olhos pela WorldRubgy, e o mercado que o país pode proporcionar é muito grande, vários atletas emergentes. Tanto que a Seleção Feminina disputou as Olimpíadas de Tóquio esse ano”.


As grandes potências mundiais do rugby são Nova Zelândia, África do Sul e Austrália. Na América do Sul, a Argentina desponta como a grande Seleção, muito por conta do esporte ter sido inserido no país há muitos anos.


Marcos falou ainda sobre a rotina dos treinamentos e como funciona o esporte no Centro Esportivo.


“O rugby funciona aos sábados, das 9h às 12h, treinamos nesta retomada do parque apenas aos finais de semana. A ideia é mais para frente incluir quarta-feira como mais um dia de treino, no período noturno”, disse o treinador.


A pandemia da Covid-19 prejudicou um pouco a rotina de treino da equipe. Os atletas decidiram em comum acordo que os treinamentos só seriam retomados após uma melhor situação sanitária.


Um dos pontos mais elogiados pelo treinador e jogadores do clube é a estrutura que o Centro Esportivo oferece para a prática do esporte.


“Para nós é plausível a infraestrutura do clube. A questão do gramado sintético que evita lesões e buracos é algo positivo, então é bem tranquilo”.


Para Marcos, um dos fatores que pode ajudar na aproximação do rugby pelos brasileiros é que o esporte seja apresentado ainda na fase infantil.


“O crescimento do esporte vai ser por conta das gerações futuras. É necessário olhar para a base, as crianças, e incentivar a prática do rugby para a evolução da modalidade. Na Argentina já é cultural, se pratica há mais tempo, eles possuem clubes próprios do esporte. No Brasil ainda estamos muito apegados à questão do futebol”,
comenta.

Nível do Rugby nacional


Presente em todos os estados do Brasil, a Confederação Brasileira de Rubgy possui seis Federações em, localizadas em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.


O capitão do UniãoRugby, Marcos André disse que o nível das competições costuma ser alto.


“Em primeiro lugar, fazemos o aquecimento, depois rola o treino físico e assim partimos para os fundamentos e por fim acontece de fato o jogo na prática. O nível dos campeonatos é alto, principalmente na Série A. A maioria dos jogadores compõe o elenco da Seleção Brasileira, e disputam competições internacionais”, falou o atleta.


Marcos aproveitou ainda para elogiar a maneira como os responsáveis do Centro Esportivo Tietê tratam o UniãoRugby, colaborando com as necessidades da equipe.


“A estrutura é muito boa, parece que cada vez está ficando melhor. A parceria com o Centro Esportivo está crescendo também, cada vez que eles percebem o nosso investimento eles nos ajudam na infraestrutura para poder melhorar e até facilitar nossa evolução”.

Tradição familiar


O engenheiro Daniel Castilhos (55) é um praticante e admirador do rugby. Tanto que ele sempre está acompanhado da família e é um grande incentivador da modalidade para os filhos. Os pequenos Miguel (5) e Beatriz (3), juntamente com a esposa Mônica Castilhos (33), praticam juntos o esporte no Centro Esportivo Tietê.


“O local é bem estruturado e muito bem cuidado, com uma boa segurança, e é muito legal estar aqui”.


Daniel descobriu o rugby através do pai Antonio Castilhos, que era argentino e sempre o incentivou.


“O rugby é um estilo de vida com sua disciplina. Que ensina a respeitar as pessoas e as regras de convivência”, afirmou Castilhos.


Origem do rugby


O rugby foi criado em 1823 pelo estudante britânico William Webb que, durante uma partida de futebol, teria pego a bola com as mãos e corrido até o gol. Porém, alguns historiadores afirmam que o jogo foi inspirado no Harpastum, que era praticado pelos romanos na Antiguidade.


O nome do esporte veio da escola, RugbySchool, da Grã-Bretanha. Foram alunos da escola, com ajuda de outros de Cambridge, que, entre 1845 e 1848, elaboraram as primeiras normas da modalidade. A primeira federação de rugby nasceu em 1871, a Rugby Football Union, da Inglaterra.


Texto: Cristian Moraes - cristianrocha@prefeitura.sp.gov.br

Imagem: Cristian Moraes - cristianrocha@prefeitura.sp.gov.br