Dia Mundial do Wrestling: Conheça um dos esportes mais antigos do mundo

Centro Olímpico oferece treinos de alto rendimento da modalidade

Na imagem, atletas de luta olímpica do Centro Olímpico durante o treino

 

Nesta segunda-feira (23), é comemorado o Dia Mundial do Wrestling. A data foi escolhida devido ao primeiro Campeonato Mundial de Wrestling ter acontecido no dia 23 de maio de 1904, e visa homenagear o esporte e os praticantes da luta olímpica, como a modalidade também é conhecida.

A Luta Olímpica, juntamente com a maratona, é um dos esportes olímpicos mais antigos do mundo que se tem registrado na história. Acredita-se que a luta começou a ser praticada na Grécia Antiga, e fazia parte do pentatlo. A força física e estratégia eram as principais qualidades que um atleta precisava ter para ser bem sucedido no início do esporte.

No wrestling existem dois tipos de luta: estilo livre e greco-romana. Os praticantes de greco-romana não podem utilizar as pernas para aplicar os golpes, enquanto o estilo livre permite o uso dos membros inferiores.

A luta olímpica é uma das onze modalidades disponíveis do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), equipamento administrado pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME).

Thiago Queiroz é o supervisor da modalidade no clube. Ele entrou no Centro Olímpico em 2009 como atleta, depois teve passagem como estagiário, auxiliar técnico, preparador físico, até se tornar supervisor da modalidade no ano passado.

Thiago fala sobre a importância da Luta Olímpica. “Eu enxergo a luta como uma ferramenta de transformação. Eu faço uma analogia que a luta é um ônibus que passa por várias paradas e o atleta que estiver dentro pode escolher onde ele quer descer, seja construir uma carreira, uma faculdade, ou outras conquistas na vida”.

Os atletas do clube contam com treinos de alto rendimento, e em sua maioria já participaram de campeonatos nacionais e internacionais, além de serem medalhistas.

Um dos atletas em questão é Vinicius Joaquim, de 23 anos. Iniciou sua história na luta aos nove anos, em um projeto social em Perus, bairro de São Paulo em que mora, e começou a treinar no Centro Olímpico em 2017. “Fui para o COTP em busca de uma oportunidade para conseguir uma bolsa na faculdade”.

O atleta conta que já tinha desistido de se tornar atleta de alto rendimento, e que foi incentivado pela comissão técnica do COTP a voltar a treinar em busca de alcançar seus objetivos dentro e fora do esporte. “Eu só tenho a agradecer o Centro Olímpico, aos orientadores e treinadores, que se dedicam para que eu possa conquistar passo a passo meus objetivos e chegar no meu sonho, que é ir para as Olimpíadas”.

Atualmente, Vinicius está em primeiro lugar em sua categoria no ranking nacional de wrestling no estilo livre, e neste mês de maio conquistou mais uma medalha, sendo esta o segundo lugar no Campeonato Pan-Americano de Wrestling Sênior, que foi realizado em Acapulco, no México.

Além de Vinicius, Ailton Brito também é líder em sua categoria no ranking nacional de wrestling no estilo livre. O atleta conta que iniciou sua vida esportiva no jiu jitsu com 15 anos, e ao conhecer a luta olímpica um ano depois, tomou gosto pela modalidade e começou a treinar no Centro Olímpico. “Eu lembro da minha primeira competição, que foi o Campeonato Brasileiro Cadete. No início eu achei que eu iria me sair mal, mas pelo contrário, eu consegui a primeira colocação, e essa foi a competição que mais me marcou até hoje.”

Aos 21 anos, Ailton é estagiário de educação física no Centro Olímpico, já foi campeão Brasileiro cinco vezes, além de ser medalhista no Sul-Americano e Pan-Americano.

Representando a categoria feminina, Beatriz Rodrigues é atleta de alto rendimento do wrestling e está no Centro Olímpico há sete anos. A atleta já participou de vários campeonatos e diz qual foi o mais marcante para ela. "O Campeonato Brasileiro de 2018 foi a minha primeira competição importante que eu atingi o peso necessário e consegui uma vaga para o Pan-Americano, então esse campeonato é o que mais me marcou. Minha maior meta é competir nas Olimpíadas e entrar na Marinha e ser uma atleta das Forças Armadas. Estou concluindo a faculdade agora e minha vontade é levar o esporte para as outras pessoas".

Nas últimas Olimpíadas de Tóquio 2020, Beatriz, foi convocada pela Confederação Brasileira de Wrestling para integrar a equipe de luta livre, e foi suplente e sparring da lutadora Aline Silva, que também tem passagem pelo Centro Olímpico.

 Na imagem, atletas de luta olímpica do Centro Olímpico durante o treino

 

Texto: Giovanna Gravina - ggravina@prefeitura.sp.gov.br
Imagens: Deusarina Santana e Gabriela Caramigo