Na última terça-feira (26), o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) realizou uma ação em São Paulo para celebrar o marco de dois anos restantes para as Olimpíadas de 2024, que acontecerá em Paris, na França. A entidade divulgou, detalhadamente, o planejamento olímpico para os próximos jogos, que vêm sendo trabalhado desde a última edição das Olimpíadas, em Tóquio.

O evento contou com a presença de dirigentes, convidados e atletas medalhistas olímpicos como os ginastas Arthur Zanetti e Arthur Nory, a ex-jogadora de basquete Magic Paula, Maurren Maggi, do atletismo, e o nadador Ricardo Prado, além da ginasta Christal Bezerra, formada pelo Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), e promessa para Paris 2024.

Também estiveram presentes o nadador Gustavo Borges e o judoca Rogério Sampaio, no qual foram homenageados na cerimônia Hall da Fama durante o encontro.

 

No evento, o presidente do COB, Paulo Wanderley, e outros dirigentes da entidade, apresentaram o plano olímpico e estratégias operacionais para a delegação brasileira na França. Paulo afirma estar ansioso para a volta do apoio da torcida brasileira, que esteve ausente nos jogos de 2020 devido a pandemia do Coronavírus, e deixou claro que o Comitê está trabalhando para que o Time Brasil supere o resultado obtido em Tóquio, onde foram conquistadas 21 medalhas no total.

Planejamento Olímpico

Uma das novidades anunciadas foi a construção da principal base de apoio brasileira localizada em Saint-Ouen, a apenas 600 metros da Vila Olímpica, em Saint-Denis, que terá à disposição cinco instalações oferecendo serviços específicos durante os Jogos, além de estruturas temporárias para os atletas de vôlei, vôlei de praia, e outras modalidades.

Uma das instalações será a utilização do monumento histórico Chateau, onde será oferecido serviços médicos, fornecimento de alimentos e apoio aos familiares dos atletas.

O diretor de Alto Rendimento do COB, Ney Wilson, afirmou que o Brasil foi o primeiro país da América a visitar as instalações olímpicas no país europeu, em junho, e isso gerou privilégios na escolha de alguns locais. A escolha por Saint-Ouen se deu justamente pela proximidade da sede principal dos Jogos, de acordo com Ney.

Além de Saint-Ouen, o COB irá ceder bases de apoio para as modalidades que terão competições fora de Paris. Serão em Marselha, para vela; surfe, no Taiti; handebol em Lille; e remo e canoagem, em Seine-et-Marne.

Outra novidade foi o retorno do programa Vivência Olímpica, que foi paralizado nos Jogos de Tóquio por conta da pandemia. A iniciativa que teve início em Londres 2012, tem o objetivo de levar jovens atletas para vivenciar o clima olímpico pela primeira vez, mesmo sem competir. Atletas como Rebeca Andrade e Isaquias Queiroz, são alguns dos que já participaram do programa.

Arthur Nory, ginasta e medalhista olímpico nos Jogos do Rio 2016, falou sobre a importância do evento e as expectativas para as Olimpíadas de Paris. “É incrível, dá aquele frio na barriga de ansiedade para viver tudo isso que está no papel. Para mim como atleta é muito importante ver esse planejamento de perto e visualizar como vai ser estar lá daqui dois anos.”

“Diferente de Tóquio que eu foquei em apenas um aparelho, o meu principal objetivo para Paris é fazer o máximo de aparelhos possíveis, disputar tudo, e alcançar quantas finais forem necessárias dentro das condições que eu estiver, e estar bem de saúde física e mental para poder fazer uma boa Olimpíada.”, afirma o ginasta.

Mais detalhes a respeito do Planejamento Olímpico podem ser encontrados no site oficial do Comitê Olímpico Brasileiro.

Texto: Giovanna Gravina - ggravina@prefeitura.sp.gov.br
Imagem: Gabriel Plácido - gpbmoreira@prefeitura.sp.gov.br