Há pouco mais de um ano, Luisa Stefani alcançava a maior glória de sua vida esportiva. Ao lado de Laura Pigossi, conquistava a inédita medalha de bronze dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Em plena ascensão da carreira de duplista (chegou a ser 9ª do mundo), sofreu um acidente terrível nas semifinais do US Open, rompeu os ligamentos do joelho direito e foi obrigada a interromper sua trajetória. Para sua felicidade, o retorno está em vias de se concretizar. Justamente no mesmo palco de seu maior triunfo, no WTA 500 de Tóquio.

A fase final de sua recuperação foi nas quadras do Centro Esportivo Mané Garrincha, localizado entre Ibirapuera e Moema, e contou com todo apoio necessário para recobrar a confiança e seu melhor tênis como ela mesmo explica: "Comecei a treinar aqui em abril, quando voltei às quadras, já estava treinando há um tempinho dentro do Rede Tênis Brasil. Antes disso, não conhecia, mas adorei. Uma baita estrutura, muitas quadras, bom espaço para a base treinar. É muito bom ver de perto. Importante ter essa estrutura necessária para poder treinar e ficar confiante para voltar a competir".

Stefani viajou para os Estados Unidos para acompanhar o US Open que começa na semana que vem e depois embarca para o Japão, local onde tem muita identificação: "É muito especial! Acho que só de voltar a competir já é o maior sentimento, estar saudável, principalmente. Mas voltar a Tóquio, lugar que tive a maior emoção da minha carreira, é um sentimento muito bom, uma experiência muito feliz, muito positiva. Será um momento muito emocionante para mim, para voltar a competir. Vai ser uma volta muito legal".

A relação com o país asiático tem outro ponto que aproxima Luisa, a comida. Ela comentou que adora sushi e outras comidas japonesas. Além disso, a tenista revelou que sua nova parceira de dupla será a japonesa Ena Shibahara: "Gosto muito do estilo do jogo, ela saca bem, devolve bem, gosta de ir para a rede, joga bem dupla, no estilo clássico que é a maneira que eu gosto de jogar também. Obviamente que há química, nós nos damos bem fora de quadra, nunca jogamos juntas, então precisaremos testar. Ela é muito motivada, ambiciosa, competitiva, são características que eu gosto bastante. Estou animada para ver como vai ser".

Assim como os japoneses carregam sabedoria através de seus costumes, Luisa contou no que seu período sabático foi importante: "Muito autoconhecimento, no sentido de lidar melhor com as coisas que acontecem, tanto nas boas quanto nas difíceis. É tudo parte do processo, cada experiência vivida é um aprendizado, foi e continua sendo. Acho que, um ano depois, as pessoas a minha volta são o mais importante para viver bem, ter bons resultados, tanto no tênis como na vida".

Stefani tem projeto de chegar a Paris-2024 para buscar uma nova medalha olímpica, mostra confiança e mal pode esperar por seu retorno.

 

Texto e Fotos: Juvenal Dias - juvenaldias@prefeitura.sp.gov.br