O Pacaembu voltou a ser um palco importante do esporte, mesmo ainda estando em obras. Isso porque seu auditório, ao lado do Museu do Futebol, recebeu a abertura da edição 2022 da Copa dos Refugiados, que passou a aderir também imigrantes no seu nome e entre os participantes.
O evento aconteceu na manhã desta sexta-feira (26) e contou com a presença de representantes da entidade Pacto Pelo Direito de Migrar (PDMIG), que organiza a Copa, da UNHCR-ACNUR, autoridades de São Paulo e capitães de algumas das seleções participantes.
A competição será em formato eliminatório simples definido por sorteio. Como a Copa dos Refugiados e Imigrantes, que conta com o apoio da SEME, acontece em oito estados (Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), o vencedor de cada região representará o estado em que competiu para decidir o “campeão nacional” da Copa. O vencedor medirá forças contra o time campeão de Buenos Aires, na Argentina.
Na primeira fase, que acontecerá nos finais de semana do mês de setembro, foram definidos os embates entre 14 seleções para a regional de São Paulo. Os confrontos ficaram assim:
Bolívia x Togo
Mali x Benin
Venezuela x Angola
Nigéria x Camarões
Guiné-Bissau x Republica Democrática do Congo
Senegal x Líbano
Haiti x Colômbia
Simon Oxi, coordenador da Copa dos Refugiados e Imigrantes de São Paulo, comentou da importância do evento: “Estamos gratos pelo retorno da Copa. É importante para trazer protagonismo aos refugiados não só pelo futebol, mas para combater o preconceito, xenofobia, racismo e nós queremos uma inclusão verdadeira”.
O secretário municipal de Esportes e Lazer, Carlos Augusto Viana, representou o Prefeito e explicou como o esporte atua para melhorar a vida dos refugiados: “É o maior meio de socialização, porque dentro das quatro linhas não existe credo, cor ou condição financeira. As pessoas podem se unir e fortalecer seus vínculos”.
Na mesma linha, o ex-jogador do Flamengo e Vasco, Nilton, ressalta a questão da inclusão social que o esporte traz: “A pessoa, em seu próprio país, já tem dificuldades, imagina um refugiado ou imigrante. Tem a questão da adaptação, um local para ele jogar, relacionamento com pessoas que possam dar oportunidades. Nós vemos que o Brasil é um país que acolhe bem essas pessoas”.
Texto e Fotos: Juvenal Dias - juvenaldias@prefeitura.sp.gov.br