Boxeadores em reta final para as Olimpíadas

Atletas que representarão o país realizam últimos treinamentos no CE Santo Amaro

Na imagem, arte com os atletas de boxe Jucielen Romeu, Abner Teixeira e Beatriz Ferreira.

Os lutadores da seleção brasileira de boxe, que se preparam para os Jogos Olímpicos de Paris de 2024, tiveram um encontro com profissionais da imprensa para deixarem depoimentos e participarem de entrevistas, antes de partirem para a França.

Com atletas de diversas categorias já classificados, pudemos entrevistar alguns deles e acompanhar como estão física e mentalmente para os desafios que enfrentarão

A pugilista Jucielen Romeu, da categoria até 57kg, conquistou o ouro no último pan-americano e chega para sua segunda Olimpíada muito mais preparada “No ano passado, a medalha de ouro que conquistei no Pan, que veio junto a minha classificação aos Jogos Olímpicos, me ajudou a ter um gás a mais nos treinamentos, me deixando muito mais confiante” afirmou a lutadora. Além disso, pôde ressaltar a importância do espaço no CE Santo Amaro em todo seu processo de preparação “Ter um local que une todos os atletas, para treinarem juntos e na mesma intensidade é de extrema importância. Se cada um estivesse treinando em um local diferente, com certeza não alcançaríamos esse nível, com tantos atletas”

Medalha de bronze nas Olimpíadas de Tóquio, Abner Teixeira chega a Paris disputando uma nova categoria e com muito mais experiência “Nos jogos passados eu era muito novo, foi minha primeira experiência em Olimpíadas. Dessa vez, com mais maturidade, a ansiedade está bem mais controlada e me sinto mais preparado, tanto meu emocional quanto o físico”. Em uma categoria acima e enfrentando atletas mais pesados, Abner acredita que existem vantagens e desvantagens “Tenho lutado contra atletas com 10, 15kg a mais que eu, então enfrento algumas dificuldades em relação a isso, mas por outro lado, posso compensar com minha agilidade e movimentação, que é acima da média para a categoria”. Poupado da final do último Pan por conta de uma lesão no joelho, o lutador natural de Osasco afirma que está 100% recuperado. “Desde então tenho feito muito fortalecimento, justamente para chegar as Olimpíadas com força total, podendo dar tudo de mim e me entregar em busca do ouro”

Na imagem, atleta de boxe Beatriz Ferreira, no Centro Esportivo Santo Amaro.

Por fim, pudemos conversar com o principal destaque brasileiro da modalidade, a campeã mundial Beatriz Ferreira. A forma com que a boxeadora está conciliando suas lutas no boxe profissional com a reta final do pré-olímpico foi uma das pautas abordadas “O boxe profissional tem uma carga mais alta, mais intensidade, mas agora o meu foco está totalmente voltado aos Jogos Olímpicos, temos algumas competições antes de Paris e estamos nos preparando para isso, com um ajudando o outro” afirma a campeã. Quando perguntada sobre a diferença entre a Bia que conquistou a medalha de prata na última Olimpíada e a atual, a resposta foi clara e objetiva “Mais experiência, cabeça fria, mas principalmente novas estratégias. Todos os meus últimos resultados me credenciam a ser uma atleta mais visada pelos adversários, então é necessário que eu tenha algumas cartas na manga para lidar com isso” Por fim, ainda deu tempo de deixar um recado para os torcedores e amantes do esporte “Continuem nos acompanhando, pois estamos com uma safra que tem muita vontade de vencer na vida, teremos um show de boxe”.


Texto:
Matheus Migliaccio | mmigliaccio@prefeitura.sp.gov.br
Foto: Arquivos SECOM
Arte: Laura Alves | lauraferreira@prefeitura.sp.gov.br