Mulher: amor por esporte

Sexo feminino é maioria na SEME, na Prefeitura e no país; Mulheres são esperança de medalha de ouro para o esporte olímpico nacional

Fotos: Divulgação COB e CBF

“A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova”. A frase é de Leon Tolstoi, celebre escritor russo e um dos ousados profissionais que tentou entender a essência feminina em sua obra e em seus pensamentos. A missão, segundo a conclusão de Tolstoi, é difícil e trabalhosa.

No Brasil, elas são maioria. Segundo o Censo 2010 realizado pelo IBGE, existem 97 milhões de mulheres e cerca de 93 milhões de homens. Considerando o total de funcionários na Prefeitura de São Paulo, a influência feminina é ainda maior: elas ocupam 72% dos 140 mil servidores do município. Na Secretaria de Esportes da Cidade de São Paulo, a situação se repete. O sexo feminino representa 54% de um total de 1.284 funcionários. Não é impossível concluir que o esporte, o lazer e a recreação na cidade só funcionam graças a elas.

As mulheres e o esporte olímpico brasileiro
Em ano de Jogos Olímpicos, é impossível não homenagear o desempenho das mulheres brasileiras dentro da competição. A primeira delas foi Maria Lenk. A nadadora participou das Olimpíadas de 1932, em Los Angeles, primeira (e única na ocasião) mulher em uma delegação brasileira que contava com 66 homens. Ela fez história na natação, foi a única brasileira a quebrar dois recordes mundiais e até virou nome de Complexo Aquático no Pan-Americano do Rio em 2007.

Nas últimas Olimpíadas realizadas em Beijing na China, no ano de 2008, seis das quinze medalhas brasileiras foram conquistadas por mulheres, outro recorde histórico. O número feminino na delegação também atingiu seu apogeu até então e quase igualou o de homens: foram 132 mulheres e 145 representantes do sexo masculino. Foi também em Beijing que Ketleyn Quadros ganhou a primeira medalha de uma mulher brasileira em um esporte individual, com o bronze conquistado no judô. Natalia Falavigna repetiu a dose, vencendo o bronze no Taekwondo durante a mesma edição. O vôlei feminino também fez história, ganhando seu primeiro ouro em Jogos Olímpicos.

O ano para as mulheres no esporte
Para os Jogos de Londres 2012, o Brasil possui várias mulheres que já garantiram vaga e representam esperança de medalha. No atletismo, a maratonista Adriana da Silva e Ana Claudia Lemos, oitava colocada no ranking mundial dos 200m, unem-se à Maureen Maggi, ouro em Beijing e tricampeã Pan-americana e Fabiana Murer, medalha de ouro no Mundial de Atletismo em 2011. As seleções brasileiras de basquete feminino, futebol e handebol também já garantiram vaga para Londres.

Mulheres jovens, mais experientes em competições, Daiane dos Santos, Daniele Hipólito e Jade Barbosa devem integrar a seleção brasileira de Ginástica Artística que também está confirmada nos Jogos de 2012. Na natação, Poliana Okimoto (maratona aquática), Joana Maranhão e Gracielle Hermann também sonham em bater recordes para a história do esporte feminino brasileiro. Medalhistas em Pequim, Natália Falavigna e a dupla Isabel Swan e Martine Grael representam o país mais uma vez no Taekwondo e na Vela, respectivamente.

 

MULHERES BRASILEIRAS NO ESPORTE OLÍMPICO*

ATLANTA – 1996

Vôlei de Praia (ouro): Jacqueline Silva e Sandra Pires
Basquete (prata)
Vôlei (bronze)

SIDNEY 2000

Vôlei de Praia (prata): Adriana Behar e Shelda
Basquete (bronze):
Vôlei de Praia (bronze): Adriana Samuel e Sandra Pires
Vôlei (bronze)

ATENAS 2004

Futebol (prata)
Vôlei de Praia (prata): Adriana Behar e Shelda

PEQUIM 2008

Vôlei (ouro)
Futebol (prata)
Judô leve (bronze): Ketleyn Quadros
Taekwondo (bronze): Natália Falavigna
Vela (bronze): Fernanda Oliveira e Isabel Swan

* Fonte: Comitê Olímpico Brasileiro