O futebol é um esporte em que 22 atletas, distribuídos em duas equipes, têm o objetivo de marcar um gol em um retângulo no lado oposto de seu campo. Parece simples e pode parecer não ter nenhuma outra proposta, a não ser ganhar a partida. Entretanto, por trás de todo um jogo, é possível salvar o futuro de uma criança em 90 minutos.

A Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação (SEME) realizou três competições de futebol e futsal no último sábado (29/09). Todas envolvem projetos sociais ou clubes que têm como objetivo tirar as crianças da rua, além de incentivar a questão ambiental.

O primeiro deles foi o “Futebol Solidário” que ocorreu no Clube-Escola Vila Guarani para 300 crianças e adolescentes. Vindas das mais diversas comunidades carentes, como a do Vietnã, Teotônio Vilela e Pirituba, os pequenos jogadores tiveram a oportunidade de disputar partidas de futsal. Porém o mais importante é a inclusão social, com a distribuição do material escolar, livros didáticos e o sorteio de uma bicicleta.

“Esse é um trabalho a longo prazo, mas queremos fazer mais atividades como essas, pois tiram as crianças da realidade em que estão inseridas”, afirma Valder Ribas Lima, o “Tatá”, um dos coordenadores da ONG Cartão Vermelho, que ajudou na elaboração do evento.

As mães também compareceram em peso para prestigiarem os filhos e ficaram impressionadas com a organização do projeto. “A gente vê que a estrutura está muito boa, teve até ônibus para nos buscar na comunidade”, conta Marta Cazuza, mãe de um dos garotos do time “Bons de Bola”, da comunidade Teotônio Vilela.

Sonho realizado

Outra competição do dia foi a Taça Cidade de São Paulo masculina em que foram disputadas as semifinais do torneio em todas as categorias. Os jogos foram realizados no Clube-Escola da Lapa – Pelezão e no CDC Espadinha.

Na categoria infantil, a final será formada pelas equipes Pequeninos do Jockey contra o Jardim da Penha. Esse último, passou para a decisão após uma emocionante disputa de pênaltis, em que o goleiro Diego defendeu a última cobrança. “É gratificante realizar o sonho de jogar no Pacaembu e espero ser a primeira de muitas partidas”, conta extasiado o goleiro.

Nas outras categorias, a final acontecerá entre as equipes Fut Talentos e Pequeninos do Jockey (Pré-Mirim); Famux e Estrela da Saúde (Mirim) e Guarulhos e Águia Negra (Juvenil). Todas elas acontecerão no Estádio do Pacaembu, no próximo dia 13/10.

A particularidade da Taça é que além de realizar o sonho de dezenas de garotos, ela prioriza o plantio de árvores nos arredores dos campos de treinamento dos times como critério de desempate ainda na fase classificatória. Se um time terminasse a competição empatada em número de pontos nessa etapa, a equipe que tivesse plantado mais árvores passaria a fase seguinte, levando em conta os critérios ambientais.

Incentivo merecido

O último evento, a também Taça Cidade de São Paulo em sua versão feminina, aconteceu no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) e no Clube Escola Alexandre Faria. O campeonato é um incentivo para as categorias de base do futebol feminino, que tinham carência de competições de alto nível da modalidade. Os últimos jogos da etapa classificatória contaram com a participação oito equipes, entre elas o próprio COTP e o São José.

A primeira equipe classificada na categoria sub-17 foi a Tiger/Luso Brasileiro FC, que venceu o São José por incríveis 7x2. “O time pode se portar bem na partida, pois precisa vencer com três gols de diferença e conseguimos. Agora é esperar o próximo adversário”, disse Thaís Amaral, destaque do time lusitano com dois gols.

Os próximos jogos acontecem sábado (06/10) nos Clubes Escola da Aclimação e Vila Guarani.

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Texto:
Leandro Carrasco - lcarrasco@prefeitura.sp.gov.br
 

Foto:
Francisco Pinheiro - fbpinheiro@prefeitura.sp.gov.br
 

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