SEME e o Skate em Sampa superando obstáculos

Esporte é emoção, é adrenalina, é liberação de endorfina, é ação. Radical é uma palavra latina que significa raiz Venha conhecer o mundo ‘’roots’’ do núcleo de esportes radicais da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação (SEME).

Conhecido como esporte radical, o Skate ganhou a cena no Brasil na década de 80, e desde então, o estilo se destaca cada dia mais. No mundo, a modalidade tem mais praticantes desde a segunda metade do século XX. A liberdade ao entrar em contato com a natureza proporcionou a expansão da modalidade na década de 70. Associações Internacionais, organizações de eventos e mercado especializado proporcionou o grande salto aos esportes radicais.

Núcleo de Esportes Radicais

Em ritmo frenético, São Paulo vai se tornando a cidade dos esportes de aventura. Muitas vezes associamos radicalizar como um ato de rebeldia. Porém o setor de esportes radicais da SEME junto a parcerias de organizações esportivas, subprefeituras, associações de bairro, moradores e atletas organizaram algumas regras para evitar sair às ruas de maneira irresponsável colocando em risco a integridade física dos praticantes e também dos usuários do espaço público.

Arthur Soares, atual coordenador o Departamento de Esportes Radicais explica sobre o processo de criação da pasta: ‘’os esportes radicais era uma demanda que já existia, mas faltava uma interlocução do Poder Público e por isso convidamos pessoas ligadas a este meio para firmar parcerias’’. No ano de 2007, o setor deu início aos trabalhos: reestruturação de pistas de skate, aprovação de eventos, intervenções, apoio às modalidades radicais, conscientização sobre o uso do espaço público de maneira adequada e comunicação, são objetivos primordiais para atender toda demanda.

Apesar dos Esportes Radicais apoiar todas as modalidades o skate tem mais destaque. “ Junto a organizações nacionais e internacionais,o skate detém um mercado sólido e toda uma cultura urbana’’. Deste modo o núcleo atua de maneira incisiva e inclusiva para melhor aproveitamento do espaço público: ‘’O skate é um esporte totalmente democrático, todos podem participar independente de idade ou classe social’’, reflete o coordenador. Nem só de várias manobras radicais vive o skate, a modalidade downhill possibilita o participante descer ladeiras em uma prancha maior que a convencional. Conhecida como longboard, uma tábua de 40 polegadas, faz com que o praticante combine variações de inclinações, técnicas de curvas nesta modalidade consagrada. O downhill resgata os primórdios do skate e ganha cada vez mais espaço na cidade de São Paulo.

A meta de conscientizar usuários se faz por meio de intervenções, nas quais mediante a reunião de associações de bairro, subprefeitura, Confederação Brasileira de Skate e a Coordenadoria de Esportes Radicais tentam chegar a um acordo para que todos possam usufruir de forma harmoniosa o espaço público. A negociação tem um papel fundamental para atingir esses objetivos.

Confira alguma delas:

Pista Sumaré:

Localizada no Parque Zilda Natel, divisa do centro e zona oeste, ocorreu a primeira intervenção no ano de 2007. O local tem uma grande representação para os praticantes de skate, a região foi um canteiro de obra do metrô por um longo tempo e depois que a obra foi concluída, teve-se a ideia de construir um parque e dentro deste parque uma pista de skate. Assim que construída a pista precisava de uns ajustes, a coordenadoria reuniu a comissão de skatistas e a subprefeitura para fazer uma pista de acordo com as especificações técnicas adequadas. A primeira intervenção foi bem sucedida, se tornando um espaço de lazer para toda a família.

Pista do Museu

A ladeira do Ipiranga está localizada próxima ao museu do Ipiranga. Tradicional ponto destinado ao longboard. A ladeira foi recapeada em 2010, para melhor atender os freqüentadores do pico. Com isso, muitas pessoas que freqüentavam a Ladeira do Alves migraram para a Pista do Museu, ‘’ o número de praticantes triplicou principalmente nos finais de semana’’, explica Arthur Soares. Foi fixado um horário determinado a prática de skate, os quais os próprios skatistas ajudam fiscalizar. O processo de conscientização além de evitar acidentes propõe a integração da comunidade como um todo. O Quintal do Ipiranga atualmente se estabeleceu e ganhou autonomia sobre a prática de skate no Parque, incentivando o uso de equipamento de proteção na prática do Esporte.

Praça Joanópolis

No ano de 2012, a SEME atuou na restauração da ladeira do parque, mais conhecida como Praça do Skate ela está localizada no Sumaré. Apesar de não ter muitos adeptos, o local é um ponto tradicional, pois reza a lenda que naquele local surgiram os primeiros praticantes de skate. O encontro de gerações direciona a região a uma reunião de ‘’skate familiar’’. O processo de negociação ocorreu depois de a Subprefeitura colocar paralelepípedos na rua para evitar a prática do esporte.Foi dado um prazo de readequação do uso do espaço. Após a espera, o acordo foi cumprido, os skatistas só podem usar o local das 8:00 às 21:00 com os equipamentos de proteção adequados e também não fazer barulho ou jogar lixo na rua.

Ladeira da Preguiça e Bosque das Araucárias
 
Inaugurada em 2012 para atender a demanda e melhorias na prática de skate downhill, a ladeira do Bosque das Araucárias foi construída como uma nova opção à prática de skate. A tradicional Ladeira da Preguiça era um lugar que ocorria muitos acidentes, a nova pista proporcionou a distribuição de skatistas entre esses espaços. O número reduzido de ocorrências e o tempo de construção recorde foram resultados da receptividade da administração do Parque do Ibirapuera e a intervenção do Núcleo de Esportes Radicais.

Marquise do Parque Ibirapuera

Em 2012, após três anos de reforma. A reinauguração do tradicional espaço dedicado ao skate, patins, bike e outras modalidades junto a um processo de negociação criou algumas regras de convivência pacifica entre usuários e esportistas. O espaço consagrado pelos Ibira Boys(praticantes de skate dos anos 80 que foram criados no Ibirapuera) passou por um processo de reforma. Agora, a comunicação visual do lugar demarca e conscientiza cada praticante a respeitar seu espaço, e principalmente o espaço do outro.

Praça Roosevelt

O local é um ponto tradicional da modalidade radical desde a década de 80. Mas, desde o processo de revitalização e reinauguração no dia 29 de setembro de 2012, moradores da região reclamavam sobre o barulho que os skatistas faziam. Os prédios praticamente funcionam como conchas acústicas e o pessoal ficava andando de skate até de madrugada, alguns usuário do parque ouviam música no volume máximo e também havia algumas brigas. A deterioração do local devido a modalidade de street( skate de rua) usar bancos e corrimãos do parque como obstáculo também era outra queixa, fazendo com que a coordenadoria reunisse a Associação Ação Local Roosevelt e especialistas em práticas esportivas. A sugestão foi demarcar uma área exclusiva dedicada ao skate.

Serviços:

Parque Zilda Natel
Av. Dr. Arnaldo,1250-Sumaré
Telefone: (11) 3862-2921
Horário de funcionamento: 09h às 21h


Pista do Museu do Ipiranga
Av. Nazareth, s/n - Ipiranga
Telefone: (11) 2273-7250
Funcionamento: 5h às 20h

Parque do Ibirapuera
Av. Pedro Alvares Cabral, s/n - V. Mariana
Telefones:(11)5574-5045 e (11)5574-5505
Funcionamento: 5h às 20h

Praça Joanópolis
Continuação da Rua Mococa, esquina com a Rua Taboão
Sumaré

Praça Roosevelt
Praça franklin Roosevelt,s/n- Consolação

Texto:
Thiago Moraes- thimoraes@prefeitura.sp.gov.br

Fotos:
Fotos da intervenção no Ipiranga cedidas pelo Núcleo de Esportes Radicais.


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