Obras de drenagem na região de Aricanduva são vistoriados por conselheiros do Programa de Metas

Na 4ª visita que fizeram neste ano para acompanhar o andamento das metas da Agenda 2012, integrantes do Conselho Consultivo conheceram reservatórios para minimizar os efeitos da chuva

Até o final deste ano cinco reservatórios devem melhorar a vida de quem mora na região do Aricanduva, na Zona Leste da Cidade. Quatro estão prontos e um está em construção. Todos localizados em áreas baixas, sujeitas a inundações na época de chuvas. O objetivo das obras, que fazem parte da meta 65 da Agenda 2012, é dar vazão à água que cai em ruas vizinhas e aliviar a pressão sobre o Córrego Aricanduva.

 

Na manhã desta sexta-feira (26 de agosto), os integrantes do Conselho Consultivo do Programa de Metas da Prefeitura tiveram a oportunidade de conhecer dois destes equipamentos.O primeiro reservatório vistoriado pelos conselheiros, já finalizado e em fase de testes, localiza-se em uma praça entre a rua Caripunas e a Avenida Aricanduva. Chamado de R4, tem capacidade para armazenar 4 mil m3 de água. O segundo, entre a Rua Baquiá e a Avenida Aricanduva, está em construção. Com o nome de R1 e capacidade para mais 2.800 mil m3 de água, deve entrar em funcionamento em dezembro deste ano, restando para o início do ano que vem o acabamento da praça.

 

Os responsáveis pelas obras explicam que o funcionamento dos equipamentos é automático: a água que acumula é enviada por meio de bombas para o Córrego Aricanduva. A exceção é o R9, também concluído e com capacidade de 20 mil m3. Ali, o escoamento da água funciona por gravidade.

 

Entre outras medidas, além dos reservatórios, a Secretaria de Infraestrutura Urbana (Siurb) finalizou o alargamento e o aprofundamento da calha do Córrego do Aricanduva, entre a Rua dos Latinos e proximidades da Av. Ragueb Chohfi.

 

Esta foi a quarta visita do ano feita pelos conselheiros aos locais das metas. Fátima Andrijic Marinera, conselheira da Zona Leste e conhecedora do problema na região do Aricanduva, lembra que a questão passa pela ocupação irregular. De acordo com ela, "essa é uma situação de tentar consertar o que está errado, da ocupação irregular que vem de muito tempo. Esse trabalho que vimos é para tentar resolver o problema".

 

Para Fernanda Migliore Rodrigues, suplente da Zona Oeste, "a questão das enchentes é decorrente de vários fatores, é também um problema social, não adianta investir e as pessoas não colaborarem. Há ainda a ocupação desordenada do solo, base de tudo". Ela ressalta a importância do investimento em programas de conscientização ambiental.

 

 

Sobre o Conselho Consultivo

Formado por representantes da Prefeitura e membros da sociedade civil, o órgão tem como atribuição a interlocução com a administração municipal sobre a aplicação de políticas públicas, apresentando sugestões e acompanhando o monitoramento dos 223 objetivos detalhados no Programa de Metas da Cidade de São Paulo.

 

Ao todo, 17 conselheiros compõem o conselho, com mandato de dois anos e sem remuneração. Cinco deles são eleitos pela população, representando cada uma das cinco regiões da cidade: Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro.Os outros três são indicados por organizações civis. O restante é escolhido pelo prefeito e secretários de governo, além de um representante da Câmara dos Vereadores. O CCPM foi criado pelo decreto de nº 50.996/2009 e é vinculado à secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão.