Secretarias levam bibliotecas a áreas de urbanização

Por Graco Braz Peixoto

A comunidade do Jardim Nazaré III, situado na Vila Curuçá, Zona Leste da capital, que passa por um processo de urbanização realizado pela Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), está em vias de receber mais um importante instrumento de inclusão social. Trata-se da construção de um telecentro e de um “ponto de leitura” –na verdade, uma biblioteca comunitária com equipamentos que darão acesso à Internet e aos livros a mais de 9.000 pessoas que vivem no local.

A iniciativa partiu da Sehab que, em parceria com as secretarias municipais de Cultura, Participação e Parceria e com as subprefeituras, apresentou o projeto aos ministérios da Cultura (MinC) e das Cidades, do Governo Federal, para que as áreas sob intervenção sejam contempladas pelo Programa Mais Cultura, do MinC. Como em algumas urbanizações, a Sehab recebe recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e este prevê dotação de verbas para áreas em processo de urbanização. O projeto está sendo implantado como uma primeira experiência, para depois ser expandido.

Com os recursos do MinC, a Sehab construirá o prédio que abrigará o “ponto de leitura”, o telecentro e todo o mobiliário. Coube à Secretaria de Participação e Parceria a aquisição de 20 computadores para o telecentro e à Secretaria de Cultura a doação de 3.000 livros e o controle desse acervo, além da capacitação de voluntários da comunidade para administrar o prédio.

Nos próximos dias 10 e 11 de novembro, haverá um seminário com todos os agentes municipais e com os técnicos do Programa Mais Cultura, para os últimos ajustes. A urbanização do Jardim Nazaré III trará benefícios para 2.123 famílias e prevê ainda a construção de 146 novas unidades habitacionais.

Além do Jardim Nazaré III, Sehab já indicou para serem encampadas pelo mesmo projeto outras áreas: Paraisópolis (zona sul); Jardim São Francisco (zona leste) e o núcleo composto por Jardim Irene, Parque Fernanda e Jardim das Rosas, na região sudeste, que também passam por urbanização.

A biblioteca e o telecentro visam fomentar a leitura como elemento central da formação cultural das comunidades de baixa renda. Além disso, objetivam proporcionar um espaço adequado para apresentações artísticas, realização de oficinas, festivais lítero-musicais, de dança popular, exposições etc.