Superintendente de Habi recebe título de cidadã paulistana

Por Paulo Kehdi


Elisabete França recebe o título de cidadã paulistana ao lado dos representantes da mesa

Em uma iniciativa dos vereadores Juscelino Gadelha (PSDB) e Milton Leite (DEM), a superintendente de Habitação Popular, Elisabete França, recebeu o título de cidadã paulistana, em sessão solene realizada no dia 8 de dezembro, na Câmara Municipal de São Paulo. Compunham a mesa os subprefeitos de M’Boi Mirim e Vila Maria, o secretário municipal de Controle Urbano e Frederico Meier, chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab).

Em seu discurso de abertura, Gadelha destacou os trabalhos realizados pela superintendente, voltados para a população em risco social, os maiores favorecidos pelos projetos de urbanização de favelas que abrangem todas as áreas de São Paulo. “Elisabete França é uma das grandes pessoas da administração pública do país, um exemplo a ser seguido. Sua trajetória de vida justifica plenamente essa homenagem. Escolheu nossa cidade para viver e São Paulo agradece”, afirmou. Já Milton Leite enfatizou toda a trajetória no Poder Executivo, especialmente os primeiros trabalhos realizados na Sehab, quando esteve na coordenação do Programa Guarapiranga, atuando decisivamente numa área crítica da capital paulista, a de mananciais.

Nascida em Curitiba (PR) em 1956, Elisabete formou-se em arquitetura pela Universidade Federal do Paraná em 1980. Durante o curso, motivada pelo envolvimento com os movimentos estudantis, conheceu São Paulo pela primeira vez em 1976. Em 1983, mudou-se definitivamente para a capital, convidada a participar da gestão do ex-prefeito Mario Covas na Secretaria de Planejamento, onde ficou por dez anos. Em 1993, já na Sehab, coordenou o programa de despoluição da Guarapiranga, que envolveu a remoção de 256 assentamentos precários na região de mananciais.

Em 2000 resolveu trabalhar na iniciativa privada, como consultora. No dia 30 de dezembro de 2004, foi convidada pelo então vice-prefeito eleito a voltar para a vida pública. Hoje coordena o maior programa de urbanização de favelas do Brasil, levando dignidade e qualidade de vida para milhares de cidadãos.

Em sua fala de agradecimento, a homenageada relembrou os primeiros anos em São Paulo, quando viveu em uma república na Rua Fradique Coutinho, em Pinheiros. O envolvimento com intelectuais e amigos que vieram do Paraná, para formar uma espécie de “família curitibana” em território paulistano, além de particularidades de sua trajetória na Prefeitura.

“São Paulo me deu coisas muito boas. É uma cidade democrática, para fortes. Entenda-se por forte quem quer trabalhar, progredir, ter qualidade de vida e ser feliz. Quero aproveitar para agradecer a Câmara dos Vereadores pela homenagem e as lideranças populares aqui presentes, que exercem um importante papel na condução das políticas habitacionais”, disse. “Gostaria de frisar que tudo o que fiz é resultado de um esforço coletivo e agradeço a todas as pessoas que trabalharam e trabalham comigo. Esse é um grande momento na minha vida.”