Jardim Romano: atendimento continua nas áreas alagadas

Por Paulo Kehdi


Projeto do Parque Várzeas do Tietê é apresentado à comunidade, em novembro

Desde o dia 17 de dezembro a equipe social da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) vem cadastrando as famílias que se encontram nas áreas alagadas do Jardim Pantanal. Durante esse período foram oferecidas para os moradores do Jardim Romano, Jardim Helena, Vila Seabra, Vila Itaim, São Martinho e Três Meninas duas opções de atendimento habitacional:

1) Disponibilizadas 100 unidades habitacionais no conjunto Safira, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), localizado no município vizinho de Itaquaquecetuba.
2) Aluguel social por 6 meses prorrogáveis até que a solução habitacional definitiva seja definida.

Todas as unidades da CDHU foram ocupadas e 160 famílias optaram pelo aluguel social. Foram cadastradas 791 famílias até o dia 23 e um extenso trabalho de campo foi iniciado para mapeamento da área e confirmação dos dados cadastrais. Os atendimentos continuam até que toda a população das áreas atingidas tenham sua situação habitacional definida.

PARQUE VÁRZEAS DO TIETÊ

Numa segunda etapa os cadastros das famílias que serão removidas para a construção do Parque Linear Várzeas do Tietê serão feitos depois que os atendimentos emergenciais tiverem terminado. Ou seja, será uma outra etapa, uma outra operação, realizada dentro dos padrões estabelecidos pela Sehab.

Serão cerca de 3.000 domicílios envolvidos nos trabalhos. Os reassentamentos serão feitos na mesma região. Como regra da política habitacional, haverá subsídios para financiamento das casas que já contam com regularização fundiária, ou seja, já incorporadas à cidade formal em áreas dotadas de infraestrutura e saneamento básico.

O Parque vai abranger a cidade de São Paulo e mais oito municípios: Guarulhos, Poá, Itaquaquecetuba, Suzano, Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e Salesópolis. Somando-se os contingentes dos moradores serão 2.080.000 pessoas beneficiadas. Terá área total de aproximadamente 10 mil hectares, com ganho ambiental significativo, pois é considerado essencial para a preservação do Tietê e para o saneamento das áreas que afetam suas margens. O governo estima que leve cerca de cinco anos até sua conclusão.

O projeto prevê recuperar e preservar a função ambiental das várzeas, assegurar o controle de cheias, criar opções de lazer, turismo e cultura. Nele será construída a Via Parque, uma pista com 23 km de extensão para automóveis, com ciclovias e amplo espaço para caminhadas. O rio Tietê, seus afluentes, lagos e lagoas serão recuperados, bem como a mata ciliar e a vegetação nativa. Serão instaladas ainda áreas especiais para lazer, com quadras, arenas, lanchonetes e espaços administrativos. Para a empreitada, o Estado contará com aporte financeiro vindo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), além de recursos próprios.