Imagem ilustrativa de como poderá ficar parte do Parque Várzeas do Tietê

Um dos projetos do Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, o Parque Várzeas do Tietê será o maior parque linear do mundo e terá 75 km de extensão. A Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) tem um papel importante nesse programa, atuando no cadastramento dos domicílios que deverão ser removidos para criação da margem mínima exigida de proteção e preservação do rio, de 50 metros para cada margem.

São cerca de 7.000 domicílios que terão de ser removidos. Os reassentamentos serão feitos na mesma região, com a construção de novas unidades habitacionais numa parceria da Sehab com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab-SP). Os atendimentos que estão sendo realizados desde dezembro com os moradores do Jardim Romano, Jardim Helena, Vila Seabra, Vila Itaim, Vila da Paz e Três Meninas já fazem parte desse processo.

O Parque vai abranger a cidade de São Paulo e mais sete municípios: Guarulhos, Poá, Itaquaquecetuba, Suzano, Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e Salesópolis. Somando-se os contingentes dos moradores, serão mais de 2 milhões de pessoas beneficiadas. Além dos 7.000 domicílios removidos em São Paulo, mais 2.000 serão removidos nos outros municípios. O Várzeas do Tietê terá área total de aproximadamente 10 mil hectares, com ganho ambiental significativo, pois é considerado essencial para a preservação do rio e para o saneamento das áreas que afetam as margens. O governo estima que as obras deverão consumir cinco anos até a conclusão.

O projeto prevê recuperar e preservar a função ambiental das várzeas, assegurar o controle de cheias, criar opções de lazer, turismo e cultura. Nele, será construída a Via Parque, uma pista com 23 km de extensão para automóveis, com ciclovias e amplo espaço para caminhadas. O rio Tietê, seus afluentes, lagos e lagoas serão recuperados, bem como a mata ciliar e a vegetação nativa. Serão instaladas ainda áreas especiais para lazer, com quadras, arenas, lanchonetes e espaços administrativos. Para a empreitada, o Estado contará com aporte financeiro vindo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), além de recursos próprios.