Secretário de Habitação vai à favela do Moinho

Visita pessoal da SEHAB garante entendimento pelas famílias do Moinho no processo de moradia definitiva

Após reuniões no gabinete e manifestação que ocorreu na sexta-feira, dia 08, o Secretário Municipal da Habitação, José Floriano, foi pessoalmente à favela do Moinho, no Centro de São Paulo, para evoluir a questão habitacional destinada a essas famílias. “Ato pouco visto na história da SEHAB”, segundo os técnicos que acompanharam a verificação, que trabalham há décadas no segmento habitacional público.

Em companhia do Subprefeito da Sé, Marcos Barreto, de técnicos da Eletropaulo, da Sabesp, membros da Defesa Civil, e de técnicos da própria secretaria; o Secretário realizou vistoria na área com os moradores. Durante o percurso, foram mostrados pontos de esgoto e de precariedade, acompanhados de sugestões das autoridades presentes. “Toda essa equipe de técnicos que está presente aqui, irá se reunir amanhã com o Prefeito Haddad para buscarmos acelerar os projetos de moradia definitiva para essas famílias”, ressaltou José Floriano.

No fim da visita, o Secretário ouviu as opiniões dos moradores e apresentou mais uma vez, as medidas que já estão em vigor através das Assistentes Sociais da região Central. “Vamos cadastrar todas as famílias restantes e viabilizar o Empreendimento Ponte dos Remédios, onde todas essas famílias terão suas moradias definitivas”, destacou ele.

SEHAB debateu proposta de moradia definitiva com famílias do Moinho, em campo da comunidade.

O processo de desocupação da Favela do Moinho teve inicio em 2012, após o incêndio. Na época, no local foram cadastradas 810 famílias. Desse total, cerca de 50% recebem auxilio moradia e aguardam as unidades definitivas. Foram oferecidas moradias definitivas na Ponte dos Remédios, na Lapa, cujas obras estão em andamento.

Há reuniões periódicas no Ministério Público, com representantes da PMSP e representantes da comunidade (Favela do Moinho), para tratar do encaminhamento das questões do Moinho, inclusive a remoção das famílias remanescentes. Não há nada definido para o local – a área é titulada em nome da União (extinta Rede Ferroviária Federal - RFF), 100% cercada por trilhos, operados pela CPTM, sem qualquer utilização viável, a não ser para atividades ferroviárias decorrentes do funcionamento atual desse sistema.