Escola da Cidade inicia segunda edição do curso “Habitação e Cidade”

Por Graco Braz Peixoto


O curso trata de temas ligados à habitação de interesse social

Começou no dia 15/3, a segunda edição do curso “Habitação e Cidade“, uma parceria da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) com a Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Voltada aos profissionais que trabalham com habitação de interesse social e projetos de habitação popular, insere-se no programa de pós-graduação e tem duração de um ano, com 360 horas de carga horária. O curso visa formar, a cada edição, um acervo teórico e empírico capaz de encontrar soluções para os problemas de déficit habitacional que enfrentam as grandes metrópoles.

Cinco funcionários da Sehab – dois na primeira turma e três na que se inicia – foram contemplados com bolsas de estudos. Entre os professores convidados e conferencistas estão arquitetos renomados, como Paulo Mendes da Rocha, João Filgueiras Lima, Jaime Lerner e Héctor Vigliecca.

O curso surgiu da atuação das arquitetas Violêta Kubrusly (técnica da Sehab) e Mônica Bueno Leme (do Centro Universitário Belas Artes) como conselheiras em um grupo de trabalho formado no Conselho Municipal de Habitação (CMH), biênio 2007/2009. Sua origem está na ementa criada pelas arquitetas para o curso “Desenho Urbano na Urbanização de Favelas”, realizado pela Belas Artes, de setembro a dezembro de 2008 e resultou em uma “Menção Honrosa”, concedida ano passado pelo Instituto Brasileiro da Cidadania, ONG que atua na área de direitos humanos e educação.

Em março de 2009, a ementa foi ampliada por Elisabete França, superintendente de Habitação Popular (Habi), que obteve a adesão de Ciro Pirondi, diretor da Escola da Cidade, para transformar aquele módulo em um curso de pós-graduação. A primeira turma formada contou com 32 alunos, e os resultados dos trabalhos vão ser publicados em abril.

O curso veio satisfazer uma crescente demanda da Sehab por especialistas em projeto de urbanização de assentamentos precários. “Esta experiência acadêmica aborda da teoria à realidade do canteiro de obras, do convívio com as comunidades, o que lhe confere um caráter social relevante para a boa formação de profissionais em busca por soluções sustentáveis e inovadoras da habitação social”, diz Violêta.