Programa Mananciais conclui 90% das obras viárias do Jardim Noronha

Por Graco Braz Peixoto


Obras viárias integram o bairro à estrutura da cidade

A comunidade do Jardim Noronha, no Grajaú (zona sul), que desde maio de 2008 assiste ao movimento diário de operários, está a um passo de ganhar novas guias, ruas e avenidas. Graças ao Programa Mananciais, da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), 90% das obras de adequações do sistema viário já estão concluídas: são 25 ruas e três avenidas pavimentadas. Restam apenas seis ruas, cujas obras estão em andamento, e três vielas para que o arruamento esteja completo.

As obras estruturais, as mais importantes, já deram vida nova à população, pois permitem a integração do bairro à estrutura da cidade, além da valorização dos imóveis. Formado em meados dos anos 1980, às margens da Represa Billings, o loteamento de 528.000 m² passa por obras de saneamento, acesso ao solo e à habitação, que, ao final das intervenções, beneficiarão as cerca de 18.000 pessoas que vivem na comunidade.

Além da implantação de toda infraestrutura, como redes de água e de esgoto, a Sehab vai construir 2.207 apartamentos, distribuídos em dois conjuntos residenciais, na mesma região: Mata Virgem (407 unidades habitacionais) e Chácara do Conde (1.800 UHs). Com objetivo de manter o maior número possível de pessoas em seu local de origem, serão removidas apenas 439 famílias, que vão receber Auxílio Aluguel até o atendimento definitivo. E as casas que precisam apenas de adequações já estão em obras. A urbanização do Jardim Noronha também prevê a canalização do córrego e obras de contenções.

Esse é apenas um exemplo do trabalho desenvolvido pelo Programa Mananciais, em que estão previstas 81 urbanizações. Empreendimentos desse porte só se tornam viáveis pelo conhecimento profundo da demanda. “Primeiro mapeamos a área, a morfologia, as irregularidades, cadastramos as famílias, levantamos suas carências sociais, etc., para podermos fazer o planejamento. Só depois de aprovado ou aperfeiçoado, abrimos o canteiro de obras”, explica Ricardo Sampaio, coordenador do Programa. “Estamos fazendo uma revolução social, urbanística e ambiental. É uma missão ousada, mas estamos provando ser possível.”