Por Luiz Rocha Pombo

Depois do sucesso em São Paulo, onde foi recorde de público do Museu da Casa Brasileira, com 12.399 visitantes, além dos 89 que passaram pelo CEU de Paraisópolis, a exposição “A Cidade Informal no Século 21” chega a Olinda (PE). A mostra, com projetos de urbanizações de favelas da Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo (Sehab), integra o 19º Congresso Brasileiro de Arquitetos, cujo tema é “Arquitetura em transição”.

Com curadoria da arquiteta Marisa Barda, “A Cidade Informal” apresenta estudos de pós-graduandos das universidades americanas Harvard e Columbia, e da Escola da Cidade de São Paulo. Dividida pelos temas Conexões, Transições, Fruições e Transformações, a exposição interativa compõe-se de painéis e maquetes, que detalham cada projeto por meio de croquis, fotos, mapas e textos, “reunidos a partir de quem os produziu e pelo enfoque de cada um, o que permite uma análise crítica mais profunda”, segundo a curadora.

Além de assistir a vídeos da última Bienal de Roterdã, de propor soluções por escrito e de acessar dados sobre a São Paulo informal armazenados no sistema de mapeamento de assentamentos precários da Sehab, o Habisp, o público poderá rascunhar projetos.

E no dia 02 de junho, no Auditório Ribeira, Elisabete França, superintendente de Habitação Popular (Habi) da Sehab, ministra a palestra “Plano e Projeto da Cidade Informal no Século 21”, na qual vai abordar a formação das favelas e as soluções urbanísticas para tais assentamentos. “O urbanismo atual deve levar em conta as especificidades culturais das comunidades informais. Não é verdade que existe apartheid no Brasil; os pobres não estão isolados, e isso tem implicações na arquitetura”, explica ela, que é doutora em Arquitetura e Urbanismo. Após a palestra haverá coquetel de lançamento da segunda edição do catálogo da exposição.

Entre os tops da arquitetura mundial presentes no Congresso, como o brasileiro Paulo Mendes da Rocha, vencedor do Prêmio Pritzker em 2006 (o mais importante do setor), estará o historiador e urbanista italiano Bernardo Secchi, um dos mais conceituados estudiosos contemporâneos sobre cidades, cuja apresentação sobre o futuro da cidade informal atraiu muitos espectadores na edição paulista da exposição (Clique aqui para ver a matéria).

A convite do arquiteto Sergio Magalhães, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil do Rio de Janeiro, que também participou da mostra no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, a exposição “A Cidade Informal” será aberta ao público carioca no dia 15 de junho, na sede do IAB.

Serviço
A Cidade Informal no Século 21
De 1º a 04 de junho, das 13 às 21h
Centro de Convenções de Pernambuco
Av. Prof. Andrade Bezerra, s/nº, Complexo Salgadinho - Olinda
Tel.: (81) 3182-8000