71 novos síndicos ganham diploma para administrar futuros conjuntos em urbanizações

Por Luiz Rocha Pombo

Com a formatura das duas primeiras turmas, no dia 17/08, o Curso de Administração de Condomínios já capacitou 71 moradores das comunidades de Heliópolis, Jardim Celeste V e Cidade Azul, além de 49 técnicos das Habis Centro e Sudeste (divisões regionais ligadas a Superintendência de Habitação Popular, da Secretaria Municipal de Habitação) a gerenciar conjuntos habitacionais. A ideia é formar moradores que se tornem multiplicadores do conhecimento adquirido.

A cerimônia, realizada na sede do Secovi (Sindicato de Habitação), contou com a presença do secretário Municipal de Habitação e presidente da Cohab, Ricardo Pereira Leite, da secretária-adjunta e superintendente de Habitação Popular, Elisabete França, do presidente do Secovi, João Crestana, e seu vice, Hubert Vieira.

As turmas elegeram oradores que ressaltaram a importância de saber lidar com questões que envolvem segurança e respeito entre vizinhos. O torneiro mecânico e pastor evangélico José Darlindo, 55 anos, futuro morador do Conjunto Jardim Celeste V, diz que nunca morou em condomínio. “Precisávamos aprender a lidar com pessoas que possuem cultura e costumes diferentes dos nossos. Para isso, o curso foi fundamental”, disse.

A ex-moradora da favela do Jaguaré, Ercelania Maria da Silva, 31, síndica do Residencial Nova Jaguaré – Alexandre Mackenzie, apontou questões que pôde aplicar ainda no início do curso. “Entendi a importância de instalarmos o interfone nos apartamentos, e como transmitir informações para os condôminos”, explicou.

“As aulas foram preparadas com uma didática especial para esses moradores”, conta Guilherme Ribeiro, professor e coordenador do curso. O curso, que se realiza no Secovi da Avenida Paulista, tem duração de dois meses, carga horária de 48 horas e compõe-se de disciplinas que vão desde manutenção predial a resolução de problemas e conflitos.

A parceria com a Prefeitura mereceu ressalvas do presidente do Secovi: “A Prefeitura constrói as unidades e, em conjunto, ensinamos os moradores a mantê-las. Um prédio pode demorar um ano para ser construído, mas com uma cultura de manutenção, pode durar mais de 20 anos”, apontou João Crestana. “Há conversações com a Prefeitura para a possibilidade de se abrirem novas turmas.”