Curso gratuito do grafiteiro Rui Amaral ensinará jovens da Nova Jaguaré

Com pintura de muro e projeto paisagístico de Marcelo Faissal, os alunos do Arte na Rua vão restaurar a comunidade da zona oeste

Por Luiz Rocha Pombo

Aliando técnicas de grafite, pintura e paisagismo, além de muita criatividade, o projeto desenvolvido pelo renomado artista plástico Rui Amaral para a Nova Jaguaré, na zona oeste da capital, tem como objetivo a inclusão social de jovens da região, por meio de curso gratuito que vai restaurar e melhorar as áreas de convivência da comunidade.

Após duas intervenções pontuais bem-sucedidas na região há sete anos, com a recuperação de um parque público e uma viela, o Arte na Rua inicia uma nova fase, com a previsão de expansão por toda a comunidade no ínício de 2011.

A ideia do projeto é bem simples: primeiro, serão realizados workshops sobre teoria da pintura na própria comunidade, seguido das aulas práticas, com a pintura de paredes ou telas. As turmas, compostas de 15 a 20 alunos a partir dos 10 anos, terão duas aulas semanais de uma hora, as terças e quintas-feiras.O curso terá duração de um mês.

Durante o curso, os alunos aprenderão o valor do mobiliário urbano e a importância de preservá-lo. Por fim, os jovens irão para as ruas da comunidade colocar em prática as técnicas de pintura e grafite aprendidas na classe. “A intenção é tornar os próprios moradores aptos a renovar seu ambiente. Com as técnicas aprendidas eles mesmos podem pintar áreas degradadas e tornar o ambiente de convívio mais bonito”, explica Rui Amaral.

“Um trabalho como este ajuda muito as pessoas que moram na comunidade. Além de embelezar nossa área, aprendemos as técnicas de pintura e podemos ganhar dinheiro com isso, pintando painéis”, explica Box, grafiteiro e morador da Jaguaré que participou da 1ª intervenção realizada na área em 2003.

“Com os resultados positivos que conquistamos, não vemos a hora de começar a espalhar isso por toda a comunidade. Para isso, contamos com o apoio da Sehab (Secretaria Municipal de Habitação), que nos aponta os locais para realizar as intervenções”, finaliza o autor do projeto.