Começa segunda fase do Plano Urbanístico de Heliópolis

Débora Yuri

A Prefeitura de São Paulo iniciou a segunda fase do Plano Urbanístico de Heliópolis no último dia 9, com o 3º fórum de lideranças comunitárias. Presentes à reunião, 27 líderes apontaram as intervenções que os moradores desejam ver no local. Foram citados de praia urbana e ciclovia a museu, de universidade federal e Centro do Idoso a UTI infantil.

Para virarem bairros integrados, todas as grandes favelas da cidade terão um Plano Urbanístico, segundo diretrizes da Superintendência de Habitação Popular (Habi), ligada à Secretaria Municipal de Habitação (Sehab). Atualmente, as comunidades de São Francisco, na Zona Leste, de Cabuçu de Cima, na Zona Norte, e a região da Nova Luz, no Centro, contam com Planos Urbanísticos. Agora, Heliópolis (Zona Sudeste) – a maior favela de São Paulo, com mais de 100 mil habitantes espalhados em 18 mil domicílios – também entrará para esse grupo.

Na primeira etapa da requalificação de Heliópolis, foram feitos levantamento do histórico do local e diagnóstico da situação atual. Agora, na segunda fase, serão projetadas as intervenções e realocações de moradores necessárias. A proposta da Sehab é que participem dessa iniciativa as secretarias municipais do Verde e Meio Ambiente, dos Transportes, Educação, Saúde e Assistência Social, além da Subprefeitura do Ipiranga e a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), entre outros órgãos públicos que possam contribuir com o desenvolvimento do plano.

“Vamos trabalhar com pelo menos três cenários. O ideal terá o maior número de intervenções buscando sempre manter a identidade dos moradores”, explica a arquiteta Vanessa Padiá, coordenadora do projeto de urbanização de Heliópolis. O Plano Urbanístico do local deve ser apresentado em junho.