Prefeitura atende todas as famílias que viviam em áreas de risco muito alto

Por Bete Hoppe

A Prefeitura cumpriu o compromisso firmado pelo prefeito Gilberto Kassab em fevereiro, e, antes da temporada das chuvas, retirou todas as 1.132 famílias das áreas de risco muito alto. Além disso, a administração municipal também atendeu outras 3.027 famílias que corriam algum tipo de risco.

O sucesso é resultado das ações pontuais e integradas da Prefeitura, em especial, das pastas de Habitação (Sehab), do Verde e do Meio Ambiente, e da Coordenação das Subprefeituras.

Desde 2008, por meio dos programas de Urbanização de Favelas, de Mananciais e de Regularização Fundiária,  a Sehab desenvolve 140 obras de urbanização, que contemplam 383 setores de risco listados no relatório do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Os investimentos giram em torno de R$ 3,5 bilhões.

E pelo Concurso RenovaSP, conforme critérios estabelecidos pelo Plano Municipal de Habitação (PMH), estão previstos 17 projetos para os Perímetros de Ação Integrada (PAIs), que contemplam mais 234 setores de risco, e devem ser finalizados até 2016, com investimento de cerca de R$ 2 bilhões.

As ações nesses 617 setores de risco somam R$ 5,5 bilhões, com investimentos anuais de aproximadamente R$ 900 milhões. “Se pensarmos nos números da Habitação, desde 2005, temos 176 obras de urbanização, beneficiando cerca de 174 mil famílias”, disse a superintendente de Habitação Popular, Elisabete França. Números esses comemorados pelo prefeito Gilberto Kassab: “É um avanço expressivo em sete anos. Há razão para ser otimista”.

Estudo inédito

O balanço apresentado na tarde do dia 27/10 é parte de um minucioso mapeamento, elaborado pelo Grupo de Gerenciamento de Riscos de Deslizamento e Solapamento (GRIDS), composto por técnicos intersecretariais, sob coordenação do professor João Cyro André, ligado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU).

O relatório do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), encomendado pela Prefeitura e divulgado em fevereiro, foi utilizado como referência para esse mapeamento. “Agora, temos subsídios técnicos para planejar as ações a curto, médio e longo prazo”, disse o secretário da SMDU, Miguel Bucalem.

“São Paulo é a primeira cidade a ter seu plano de risco. É um legado para as futuras gestões”, afirmou o prefeito. E anunciou: “O grupo de trabalho tem de ser permanente porque o monitoramento contínuo é fundamental para solucionar esse grave problema”.