CPPU: Comissão analisa novos projetos para a Capital

Com a Lei Cidade Limpa, além de mudar drasticamente e para melhor o cenário urbano de São Paulo, a Prefeitura criou “uma reserva de mercado” que tem se revelado extremamente benéfica à metrópole. Extinto o abuso e mau gosto de peças publicitárias oportunistas, que davam um ar de caos à vida urbana, agora as empresas se empenham em criar boas parcerias com a Prefeitura para o uso do espaço público. Representantes da Subprefeitura Pinheiros, Casa Cor, Ambev, Santander e LBV participaram da reunião da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana – CPPU nesta quarta-feira, 16, para apresentar propostas de trabalhos em parceria com a Prefeitura. A Casa Cor apresentou um projeto de calçada com 700 m² na entrada principal de Jockey Club, desenvolvido para dar acessibilidade às pessoas deficientes, que incorpora rampas especiais, informações em braile em painéis acrílicos, bancos para atender pessoas com nanismo e um paisagismo inovador, que desperta o olfato por meio de mudas aromáticas, como cacau. Elogiado, o projeto foi aprovado por unanimidade. A LBV requereu da CPPU um parecer de consideração “especial” para suas peças publicitárias, mas não obteve êxito. O Banco Santander apresentou proposta de pintar a ponte da Av. Juscelino Kubitscheck com a cor vermelha, característica de seu logotipo, proposta igualmente rejeitada pela Comissão, que decidiu em sintonia com os termos da Lei. A ponte permanecerá com a cor branca original. 
 

Por último, foi apresentado projeto da Ambev de revitalização urbana da Vila Madalena, tendo como eixo central as ruas Wizard e Aspicuelta. Do começo ao fim dessas ruas paralelas e ao longo de todas as suas transversais o projeto trará ao núcleo do bairro um novo e belo cenário, ressaltando suas características de bairro boêmio e cultural por meio de grafismos e mensagens distribuídas nas calçadas e equipamentos públicos, que contam um pouco de sua história. Com conceito urbanístico aprovado, a CPPU examinará na próxima reunião tamanho e local de exposição da marca da empresa cooperante nas peças do mobiliário. O projeto prevê ainda calçadas mais largas e sistema viário binário, com ruas de mão única.

 

Jornal da Habitação n°46