A série de livros “Novos Bairros de São Paulo”, lançada pela Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), ganhou em novembro o primeiro prêmio da Bienal Panamericana de Arquitetura de Quito (Equador) na categoria Publicações – Teoria, História e Crítica da Arquitetura.

Coordenada pela superintendente de Habitação Popular da Sehab, Elisabete França, a coleção tem quatro volumes. Dois deles, “Vila Nilo” e “Jardim São Francisco”, trazem o histórico de ocupação dessas antigas favelas paulistanas e os projetos urbanísticos implantados a partir de 2005, que estão integrando as comunidades à cidade formal.

“Renova SP – Concurso de Projetos de Arquitetura e Urbanismo” mostra o processo de desenvolvimento do concurso realizado em 2011 pela Sehab. A obra também apresenta os projetos vencedores para a execução de intervenções em 209 favelas e loteamentos irregulares de São Paulo.

Já “O Urbanismo nas Preexistências Territoriais e Compartilhamento de Ideias: Sehab & ETH Zürich, UCLA, Berlage Institute” mostra o resultados dos intercâmbios realizados entre a Sehab e universidades estrangeiras – dezenas de estudantes desenvolveram projetos de intervenção para áreas carentes da cidade, como Nova Jaguaré, Real Parque, Heliópolis e Cidade Ipava.

“O prêmio da Bienal de Quito referenda um trabalho bem-feito. As publicações nada mais são do que uma prestação de contas com a população atendida pela Sehab”, diz Elisabete França. “A série explica nossa estratégia de trabalho, na qual o poder público trabalha desde o início junto com os moradores, e também registra a história de algumas favelas importantes da cidade”, completa Keila Prado Costa, uma das organizadoras da coleção.

Além do primeiro prêmio com as publicações, a Sehab também conquistou na Bienal de Quito o terceiro prêmio na categoria Habitat e Desenvolvimento com o Parque Novo Santo Amaro, projeto de Hector Vigliecca, e a segunda menção internacional na categoria Desenho Arquitetônico com o Real Parque, projeto de Eduardo Colonelli e Geni Sugai.