O secretário de Serviços, Simão Pedro, e o presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), Silvano Silvério, realizaram vistoria, na manhã do dia 12, nas obras das duas centrais mecanizadas de triagem que serão inauguradas até o fim do primeiro semestre deste ano. Cada uma processará 250 toneladas diárias de resíduos recicláveis, o que possibilitará ao município triplicar sua capacidade de processamento, chegando a 750 toneladas por dia.

Inédito no país, o projeto viabilizará uma das principais metas da gestão Fernando Haddad, que pretende aumentar o percentual de coleta seletiva em São Paulo de 1,8% para 10% até 2016. Na unidade que está sendo construída na Avenida Miguel Yunes, ao lado do Transbordo Santo Amaro, o secretário e o presidente da Amlurb foram recebidos pelo diretor-presidente do consórcio Ecourbis, Nelson Domingues, e pelo gerente Ednei Rodrigues, que detalharam informações sobre o empreendimento.

Localizada em terreno de 3.500 metros quadrados, a obra já está com a fundação finalizada. A partir de março, o galpão estará pronto para receber equipamentos que permitirão resultados mais precisos em todo o processo da coleta seletiva.

A obra está orçada em R$ 31 milhões, sendo R$ 18 milhões referentes apenas aos custos com equipamentos. “O grande diferencial são os leitores óticos, que separam o material por tipo e cor. Outros destaques são as esteiras automatizadas e um equipamento chamado Trommel, que fazem a separação por dimensão, explicou Domingues.

Ao final do processo, materiais como plásticos, papel, vidros e metais aluminizados sairão das centrais já prensados e prontos para a comercialização.

Salto histórico e inclusão

Simão Pedro mostrou-se satisfeito com o andamento dos trabalhos. “Em apenas um ano, houve a decisão de fazer as centrais, a aprovação e a obra estará pronta. É um recorde”, frisou. Ainda segundo ele, as centrais representam “um salto histórico na área da reciclagem.”

Após a vistoria na Ecourbis, ocorreu a visita às obras na unidade da Loga, situada na Avenida do Estado, na Ponte Pequena. A central tem inauguração prevista para junho e custo estimado em, aproximadamente, R$ 15 milhões (custo menor pelo fato de que exigirá menos investimentos na montagem da infraestrutura).

O secretário salientou que não haverá qualquer custo extra para a municipalidade, já que as obras fazem parte dos investimentos previstos nos contratos entre a Prefeitura e as concessionárias.

O presidente da Amlurb, Silvano Silvério, destacou que, “além de criar condições que irão alavancar a coleta seletiva em São Paulo, as centrais vão incluir os catadores, que participarão do processo de gestão”.

Até 2016, serão inauguradas outras duas centrais mecanizadas com o mesmo potencial de operação.