Seminário estuda mudanças na atual Política Municipal de Inclusão Digital

Além das discussões sobre a situação de inclusão na cidade, foi assinado o convênio para os novos Laboratórios de Fabricação Digital, com previsão de funcionamento no segundo semestre

Foto: Assessoria de Imprensa/SES

Com o objetivo de discutir uma atualização da Lei Municipal nº 14.668 - que em 2008 foi a primeira a instituir uma política de inclusão digital na cidade – a Secretaria de Serviços, por meio da Coordenadoria de Conectividade e Convergência Digital, promoveu hoje (21) seminário na Câmara Municipal para que governo, usuários e ativistas da inclusão digital pudessem analisar possíveis mudanças necessárias nesta lei.

A Lei Municipal que instituiu a Política Municipal de Inclusão Digital foi concebida em 2008. Na época, o único programa neste sentido eram os Telecentros, de forma que a lei era voltada especificamente à estes espaços.

A mesa de abertura do seminário contou com a participação do secretário de Serviços, Simão Pedro, do Coordenador de Conectividade e Convergência Digital, João Cassino, da vereadora Juliana Cardoso, que deu apoio ao seminário e do vereador Police Neto, autor da Lei 14.668/2008.

O secretário Simão Pedro destacou os desafios que a secretaria de Serviços teve para atualizar as ofertas de inclusão digital e sobre modernização da lei. “Desde o início da gestão tivemos o desafio de adaptar a cidade às novas tecnologias e oferecer novos serviços de inclusão digital, por isso precisamos aperfeiçoar esta lei para incluir as novas ações de inclusão na cidade, como as Praças WiFi Livre e os Laboratórios de Fabricação Digital e outros que possam surgir indicou”, afirmou.

“Em 2013 nós tínhamos como política de inclusão digital na cidade somente os Telecentros, e desde então temos as praças com WiFi e no ano passado lançamos o edital Redes e Ruas, de R$ 3,7 milhões de reais, que contratou 59 projeto que estão fazendo centenas de atividades nos espaços de inclusão digital da cidade”, declarou João Cassino.

Para a primeira parte de discussões, foram chamados os palestrantes Drica Guzzi, do Acessa São Paulo – Governo do Estado de São Paulo, Ciro Berdeman, chefe de gabinete da presidência da SPTrans e líder do projeto MobiLab e Edgard Piccino, da prefeitura de Bragança Paulista.

Drica Guzzi chamou a atenção para a necessidade dos Telecentros. “Temos observado que há pessoas que possuem computador em casa, mas que mesmo assim preferem ir ao Telecentro, é um espaço de socialização”, disse.

Após as discussões, em que os palestrantes apresentaram suas opiniões sobre o tema de inclusão digital, o espaço foi aberto para perguntas da plateia.

No segundo bloco participaram Everton Zanella, do Open Knowledge, Livia Ascava, do LabHacker, Wilken Sanches, do Coletivo Digital e Isabel Valverde, do Open Suse.

Para que os munícipes e demais interessados possam participar deste debate, foi criado o site http://debateinclusaodigital.com.br/ , que ficará disponível para contribuições até o dia 21 de setembro.

Rede de Laboratórios de Fabricação Digital

Na ocasião, foi assinado o convênio para a Rede de Laboratórios de Fabricação Digital com a empresa ITS Brasil, selecionada por edital para a gestão do projeto. Serão 12 laboratórios deste tipo na cidade, todos com equipamentos de última geração, como impressoras 3D, cortadoras a laser e outras ferramentas.

Os 12 Laboratórios, que começam as atividades no 2º semestre, são divididos entre os grandes laboratórios (Centro Cultural Cidade Tiradentes, CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli, Olido Cibernarium e Vila Itororó) e os mini laboratórios (Centro Cultural Casa da Memória, Centro Cultural da Juventude, Centro Cultural da Penha, Centro Cultural São Paulo, Centro Esportivo Tietê, Chácara do Jockey Club, Espaço São Luis e Espaço Vila Mara).

“O primeiro Laboratório de Fabricação Digital (FabLab), surgiu nos Estados Unidos, e hoje há muitos espalhados no mundo, mas São Paulo será a única cidade do mundo a ter um espaço deste tipo totalmente público”, disse Irma Passoni, da ITS Brasil.

“São Paulo será a primeira cidade a ter uma rede de Laboratórios de Fabricação Digital, espalhados por toda a cidade, inclusive na periferia, com equipamento de última geração”, salientou Simão Pedro, citando ainda os cursos que serão disponibilizados, com durações de um dia, uma semana, um mês e outros mais prolongados.