Foto: Assessoria de Imprensa/SES
A palestra “São Paulo, cidade dos Drones”, realizada nesta quinta-feira (28) no palco principal da Campus Party Brasil, no Anhembi, discutiu o uso de drones na cidade e expôs alguns exemplos de aplicação da tecnologia. A mesa-redonda mediada por João Cassino, coordenador de Conectividade e Convergência Digital, foi composta pelo capitão Rodrigo Barelli, do Corpo de Bombeiros da cidade de São Paulo, Lucas Schlosinski, da ITS Brasil e colaborador do FabLab Livre SP, Espedito Marques de Souza, inspetor da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e Ana Clara Ferrari, representando a Secretaria Municipal de Saúde.
Os drones são aeronaves não tripuladas e podem variar de tamanho. Hoje, com preço mais acessível, são usados em várias modalidades, desde fotografias profissionais até cobertura ao vivo por emissoras de TV.
Foto: CCCD
A Secretaria de Serviços possui um convênio com o Corpo de Bombeiros da Capital. No ano passado, a pasta entregou à corporação um drone. O equipamento já foi empregado em 20 emergências de grande porte nas quais foram constatadas as vantagens do uso da tecnologia. “Há uma redução de custo de voo das aeronaves, como a Águia da Polícia Militar. Assim economizamos com manutenção, já que o equipamento (drones) faz o monitoramento. Tudo isso em tempo real. Dessa forma podemos realocar homens e equipamentos de maneira mais rápida”, ressaltou Barelli.
A FabLab Livre SP, rede de laboratórios de fabricação digital da Prefeitura, possui uma série de equipamentos que podem ser utilizados para se confeccionar um drone, como impressoras 3D/cortadoras a laser. O custo para produzir um drone em um FabLab é bem reduzido e fácil de ser feito e, inclusive, já foram produzidos na rede de FabLabs municipal. “O FabLab Livre SP já contribui para este projeto que é open source (código aberto), nós fizemos a tridmenssionalização, deste modo o drone pode ser feito por corte a laser e impressão 3D. A impressão permite que usemos objetos mais resistentes e airados, que oferecem menor resistência ao decolar”, disse Lucas Schlosinski.
A Secretaria Municipal de Saúde também já está se programando para utilizar drones no combate a dengue neste ano. “Os drones, utilizando o mapa GeoSampa da Prefeitura, serão usados para mapear a cidade e possíveis locais que podem ser focos de dengue”, relatou Ferrari.
Espedito de Souza, da GCM, citou alguns casos em que os drones poderiam ser utilizados na rotina dos guardas civis. “Há alguns locais de difícil acesso. Os drones podem ser usados para o monitoramento de áreas de manancias, áreas de risco ou descarte irregular de lixo”, concluiu.