Oitavo FabLab Livre da cidade é instalado no Centro Cultural São Paulo


Foto: Sescom/SES

Inaugurado em 1982 numa área de 46,5 mil metros quadrados, o Centro Cultural São Paulo, localizado entre as estações Vergueiro e Paraíso do metrô, transformou-se em um dos principais espaços culturais multidisciplinares do País. É nesse cenário, que acolhe a segunda maior biblioteca da cidade e promove diversos espetáculos de teatro, dança e música, além de séries voltadas à literatura, entre tantas atividades, que a Secretaria de Serviços inaugurou nesta terça-feira (22/03) o oitavo laboratório de fabricação digital (FabLab), de uma rede de 12 em toda a cidade.

A cerimônia contou com a presença dos secretários Simão Pedro (Serviços) e Nabil Bonduki (Cultura), Pena Schmidt, diretor geral do Centro Cultural de São Paulo, João Cassino, coordenador da Coordenadoria de Conectividade e Convergência Digital (CCCD), Juliana Pessoa, coordenadora da rede Fab Lab Livre SP, e Irma Passoni, diretora do Instituto de Tecnologia Social, instituição responsável pela gestão dos laboratórios.

“O Centro Cultural de São Paulo reúne uma grande quantidade de jovens. Ter um FabLab é importante, até porque está localizado em seu subsolo, uma área pouco explorada. Estamos enriquecendo muito esse espaço, tornando-o mais ativo do que ele já é”, afirmou Nabil Bonduki, ao ressaltar a importância das parcerias entre as secretarias. “A prefeitura tem 28 secretarias, mas o cidadão é um só. Quanto mais trabalharmos juntos, mais viabilizaremos ações para os munícipes”, ressaltou.

Para Simão Pedro, os FabLabs se revestem de importância porque têm tudo a ver com educação. “Estamos vendo que estudantes começam a procurar os laboratórios para desenvolver trabalhos de conclusão de curso, o que é um sinal de que estamos oferecendo um serviço de qualidade”, declarou o secretário, ao lembrar que o Centro Cultural também conta com o programa WiFi Livre SP, criado para levar internet de qualidade –e gratuita- a uma velocidade de 512 Kbit/s em locais públicos.

Ele ressaltou que o objetivo inicial era implantar apenas um laboratório em toda a cidade. Porém, devido a dimensão da cidade, chegou-se à conclusão que deveria ser implantada em 12 localidades. “Não podemos esquecer que São Paulo é uma cidade aberta às novas tecnologias. Os FabLabs não abrirão espaços somente para estudantes, mas a todos que tiverem uma ideia na cabeça e que queiram transformá-la em realidade”, destacou. “Estamos começando uma revolução, ao permitir que a população tenha acesso a tecnologia de ponta”, concluiu.

Entre os usuários, a expectativa pelos resultados a serem alcançados é muito grande. Concluiente do ensino fundamental, o estudante Henrique Brandão acredita que os FabLabs são fundamentais para dar embasamento ao curso que pretende fazer, o de Engenharia Mecânica.

Outro estudante, Pedro Henrique Veloso entende que os FabLabs, além de incentivar a arte, funcionam como excelentes disseminadores de conhecimento. “ Inovador e gratuito. Nunca pensei que São Paulo teria um espaço como esse”, comemora.

A monitora Bárbara Barros acredita que mais importante do que dar acesso à tecnologia de ponta aos cidadãos, o principal legado é o aprendizado compartilhado. “Funciona assim: o que um sabe é transmitido para o outro; e vice-versa. Esse compartilhamento faz com que todos aprendam e aumentam seus campos de conhecimento. Faltava isso na cidade”, afirmou.

FabLab Livre SP - São espaços que contam com máquinas e equipamentos de última geração, como: fresadoras (usada para corte ou debaste de madeira, plástico, isopor etc); fresadora de precisão (capaz de produzir placas de circuitos eletrônicos); impressoras 3D (impressão de objetos); cortadora a laser (permite cortes com precisão milimétrica); e cortadora de vinil (corta com precisão adesivos e papéis de gramaturas variadas).

Essas ferramentas podem ser utilizadas na confecção de uma série de coisas: de uma cadeira de rodas a uma prótese.