Mais de 80 jovens bolsistas criam música e poesia em cursos de Fabricação Digital

Até o fim do ano, cerca de 80 jovens de alta vulnerabilidade social receberão mais de duzentas horas de atividades na área de desenvolvimento humano, cultural e profissional por meio da inovação e tecnologia

Na última semana, mais de 80 jovens participaram dos cursos de introdução à Fabricação Digital, organizado pela Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT) da Prefeitura de São Paulo.

Ao longo de seis dias, eles receberam 36 horas de atividades que têm por objetivo a formação e capacitação em fabricação digital – oferecendo estratégias de organização de ideias, processos criativos, meditação, estudos de dança corporal e uso de ferramentas de Design Thinking. Esta é a segunda turma de 2019 do programa Juventude, Trabalho e Fabricação Digital, que oferece bolsa e atividades de desenvolvimento humano e profissional para a juventude de alta vulnerabilidade social das periferias de São Paulo.

A partir dessas aulas, os jovens desenvolveram produtos culturais como música e poesia, além de estruturarem projetos próprios que serão desenvolvidos na rede de laboratórios públicos de fabricação digital – os FAB LABs.

“Aprendi que lá no FAB LAB / todos os projetos eu posso tirar / banco de madeira, impressão em 3D / cadeira de rodas para quem precisar / Como é gostoso aprender / saber que eu posso melhorar / o futuro conquistar / a melhora está pra chegar”, essa é parte da composição apresentada por um jovem bolsista da Penha, zona Leste de São Paulo.

Cerca de 40% dos jovens que participam do programa cumprem medida sócio-educativa, estão em liberdade assistida ou semi-liberdade, e moram em casas de acolhimento para menores.

“Bom mesmo foi o curso que eu desenvolvi / nele eu aprendi a como evoluir / nele espero me reconstruir / e na frente sempre persistir / as pedras no caminho eu vou bater de frente / porque eu quero meu futuro sempre presente”, recita uma jovem bolsista no último dia desse ciclo de 36 horas de atividade.

A SMIT oferece mais de 200 horas de atividades de formação e capacitação, contribuindo para a inclusão de jovens e apoiando o desenvolvimento local, além de estimular o retorno à educação e o aumento da escolaridade dos participantes.

“Inclusão digital não é apenas o ensino de habilidades tecnológicas, mas é criar e oferecer condições para o desenvolvimento humano, cultural e profissional do jovem usando a tecnologia como meio para atingir esse objetivo“, explica Daniel Annenberg, secretário municipal de Inovação e Tecnologia.

Sobre o programa Juventude, Trabalho e Fabricação Digital
O programa Juventude, Trabalho e Fabricação Digital é uma parceria das secretarias de Inovação e Tecnologia; Direitos Humanos e Cidadania; e Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo. Por ano, o programa oferece 310 horas de formação para duzentos jovens de vulnerabilidade social, na faixa etária de 16 a 20 anos, em toda a cidade.