Cinema tem noite de gala no Theatro Municipal de São Paulo

Cidade sedia pela primeira vez o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro; 18ª edição da premiação aconteceu na noite desta quarta-feira (14); veja a relação dos vencedores

Pela primeira vez em São Paulo, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro teve uma noite de gala nesta quarta-feira (13). A 18ª edição da premiação aconteceu no Theatro Municipal, na região central da capital.

O prefeito Bruno Covas, acompanhado do secretário Municipal de Cultura, Alê Youssef, esteve no evento.

“A cidade se orgulha em poder sediar esse grande prêmio do cinema”, afirmou o prefeito.

“O cinema é diversidade e a cidade de São Paulo é a cidade em que o Brasil se encontra e em que o mundo se encontra. É um grande amálgama de cores, raças e religiões. Aqui é a cidade em que nós celebramos a nossa diversidade”, continuou Bruno Covas.

Foto do palco do Teatro Municipal com parte das cadeiras e arquibancadas.

Pela primeira vez em 18 anos, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro foi realizado fora do Rio de Janeiro. A mudança é uma articulação da Academia Brasileira de Cinema com a Spcine, a Secretaria Municipal de Cultura e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

A festa homenageou as trilhas sonoras no cinema nacional e teve apresentação de Ney Matogrosso, além de uma homenagem à atriz Zezé Motta.

Foram 33 categorias, incluindo Melhor Longa-metragem de ficção, vencida pelo filme de Gustavo Pizzi, Benzinho, um dos grandes premiados em diversas categorias, incluindo de melhor atriz. Outro destaque da noite foi o prêmio de melhor ator ganhado por Stepan Nercessian, por sua interpretação no filme Chacrinha: o Velho Guerreiro.

“Enquanto parte da classe politica acha que se deve diminuir o investimento público na área da cultura, porque esta é uma questão de pão e circo, a cidade de São Paulo reafirma seu compromisso com investimento na área da cultura porque entende que é uma área estratégica para a geração de emprego e renda e para o desenvolvimento da economia criativa”, declarou o prefeito Bruno Covas, na abertura da premiação.

“Enquanto parte da classe política quer estabelecer o que é e o que não é cultura, enquanto querem dizer o que cabe ou o que não cabe num filme, a cidade de São Paulo reafirma seu compromisso com uma cultura livre, questionadora, crítica, não se admitindo qualquer tipo de filtro, até porque filtro na cultura tem nome e é censura”, acrescentou o prefeito.

“Enquanto parte da classe política condena artista A ou artista B por conta de suas posições político-partidárias, a cidade de São Paulo reafirma seu compromisso de nunca questionar em quem o artista voltou na última eleição como critério de contratação para trabalhar na cidade”, disse Covas.

Foto do hall de entrada do teatro municipal com várias pessoas aguardando.

No próximo ano, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro também será realizado na capital paulista, mas será na Sala São Paulo, na região da Luz.

Veja a relação dos premiados:

OS VENCEDORES DO GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO 2019

MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO
BENZINHO, de Gustavo Pizzi.

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
EX PAJÉ, de Luiz Bolognesi.

MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL
DETETIVES DO PRÉDIO AZUL 2 - O MISTÉRIO ITALIANO, de Viviane Jundi.

MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA
MINHA VIDA EM MARTE, de Susana Garcia.

MELHOR DIREÇÃO
GUSTAVO PIZZI, por Benzinho

MELHOR ATRIZ
KARINE TELES, por Benzinho

MELHOR ATOR
STEPAN NERCESSIAN, por Chacrinha: O Velho Guerreiro (de Andrucha Waddigton)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
ADRIANA ESTEVES, por Benzinho

MELHOR ATOR COADJUVANTE
MATHEUS NACHTERGAELE, por O Nome da Morte (de Henrique Goldman)

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
GUSTAVO HADBA, ABC, por O Grande Circo Místico

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
KARINE TELES e GUSTAVO PIZZI, por Benzinho

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
CARLOS DIEGUES e GEORGE MOURA, por O Grande Circo Místico

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
ARTUR PINHEIRO, por O Grande Circo Místico

MELHOR FIGURINO
KIKA LOPES, por O Grande Circo Místico

MELHOR MAQUIAGEM
CATHERINE LEBLANC CARAES e EMMANUELLE FÈVRE, por O Grande Circo Místico

MELHOR EFEITO VISUAL
MARCELO SIQUEIRA, ABC e THIERRY DELOBEL, por O Grande Circo Místico

MELHOR MONTAGEM FICÇÃO
LIVIA SERPA, por Benzinho

MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO
GUSTAVO RIBEIRO e RODRIGO DE OLIVEIRA, por Todos os Paulos do Mundo

MELHOR SOM
JORGE SALDANHA, ARMANDO TORRES JR, ABC, ALESSANDRO LAROCA, EDUARDO VIRMOND LIMA e RENAN DEODATO, por Chacrinha: O Velho Guerreiro

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
ELZA SOARES e ALEXANDRE MARTINS, por My Name is Now, Elza Soares

MELHOR TRILHA SONORA
ZECA BALEIRO, por Paraiso Perdido (de Monique Gardenberg)

MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO
INFILTRADO NA KLAN/ Blackkklansman (EUA), de Spike Lee.

MELHOR LONGA-METRAGEM IBERO-AMERICANO
UMA NOITE DE 12 ANOS/La Noche de 12 Años (Argentina, Espanha, Uruguai), de Álvaro Brechner.

MELHOR LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO - MENÇÃO HONROSA
PEIXONATA - O FILME

MELHOR CURTA-METRAGEM ANIMAÇÃO
LÉ COM CRÉ, de Cassandra Reis

MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
COR DE PELE, de Livia Perini

MELHOR CURTA-METRAGEM FICÇÃO
O ÓRFÃO, de Carolina Markowicz

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DE ANIMAÇÃO
IRMÃO DO JOREL, de Juliano Enrico

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DE DOCUMENTÁRIO
INHOTIM - ARTE PRESENTE

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DE FICÇÃO
ESCOLA DE GÊNIOS - 1ª TEMPORADA

MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO - VOTO POPULAR
CHACRINHA: O VELHO GUERREIRO de Andrucha Waddington.

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO - VOTO POPULAR
MY NAME IS NOW, ELZA SOARES, de Elizabete Martins Campos

MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO - VOTO POPULAR
NASCE UMA ESTRELA/A Star is Born (EUA), de Bradley Cooper.

MELHOR LONGA-METRAGEM IBERO-AMERICANO - VOTO POPULAR
UMA NOITE DE 12 ANOS/La Noche de 12 Años (Argentina, Espanha, Uruguai), de Álvaro Brechner.

De Secretaria Especial de Comunicação