Cidade de São Paulo ganha grau de investimento pela agência Fitch Ratings

Elevação da confiança e diminuição do risco se deve a políticas de austeridade fiscal desenvolvidas pelo município

Após sofrer os danos com o rebaixamento da nota de crédito da União, no ano de 2015, a cidade de São Paulo volta a ostentar o chamado grau de investimento com nota BBB-, conforme avaliação da agência de classificação de risco norte-americana Fitch Ratings. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (11).

De acordo com o relatório publicado pela agência, o rating de longo prazo da cidade de São Paulo se mantém limitado à nota da União (BB-) por razões metodológicas. Porém, ao considerar apenas os riscos de crédito ligados à própria cidade e em comparação aos riscos de outros entes da federação, no país e no exterior, a Fitch considerou a nota de crédito da capital paulista equivalente a BBB-, o que eleva a nota do município ao chamado grau de investimento médio baixo.

Segundo o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, “o relatório demonstra a correção da política fiscal que vem sendo adotada pelo município nos últimos anos, que passa tanto por medidas estruturantes e de efeitos de longo prazo, como a reforma da previdência municipal, quanto pela atenção e vigilância constante com o correto uso dos recursos arrecadados do contribuinte paulistano nas atividades do dia-a-dia da Prefeitura.”

Para o Secretário Municipal de Fazenda de São Paulo, Philippe Duchateau, “a nota de crédito melhora a percepção de risco da Prefeitura por parte dos investidores, o que pode proporcionar a redução dos custos de financiamento e melhor atratividade dos contratos de concessão e parcerias público-privadas.”

Os principais fatores levados em consideração para a atribuição da nota foram, no campo positivo, a robustez das suas receitas próprias, com baixa dependência de transferências federais, a sustentabilidade da dívida municipal e o controle do crescimento dos gastos nos últimos anos. Como pontos remanescentes de atenção estão a baixa margem para aumento de arrecadação dos tributos municipais e o alto comprometimento de curto prazo com pagamento de dívida.

De Secretaria Especial de Comunicação