"O Grande Cortejo Modernista" comemora aniversário de São Paulo

Com dez horas de duração, o espetáculo itinerante tem início no Pateo do Collegio e termina na Praça da República

Música, teatro, circo e dança preenchem de arte e cultura as ruas, edifícios e palcos localizados no centro histórico da cidade, durante “O Grande Cortejo Modernista”, que celebra os 466 anos da cidade de São Paulo, neste 25 de janeiro. Com dez horas de duração, o espetáculo itinerante tem início no Pateo do Collegio e termina na Praça da República.

O Cortejo começou muito bem. Um grande público acompanhou a apresentação de Elba Ramalho. As amigas Débora Castro e Carol Almeida, fãs da cantora, aguardavam ansiosas o início. "Parece que já é carnaval", disse Débora muito animada. "A gente nunca perde um show dela", completou Carol.

Entre as atrações, além da Elba Ramalho, Karol Conka, Rashid e Ney Matogrosso; os grupos Bixiga 70, Skank, Demônios da Garoa, Aerogroove, Coral Indígena Guarani Amba Vera, Orquestra Sinfônica Municipal, Coro Lírico, Coral Paulistano, Balé da Cidade, bonecos da Cia. PiA FraUs, além dos Blocos Pagu, Baixo Augusta e Escola de Samba Vai-Vai.

Paulo Renato Escorsa contou que ia tentar assistir todos os artistas. "Vai ser muito legal. É uma festa muito bonita", elogiou a iniciativa da Prefeitura.

A catarinense Silvia Toledo ficou muito feliz quando pegou a programação do Cortejo. "Não sabia que iam ter tantas atrações", disse ela entusiasmada.

O cortejo promove uma verdadeira viagem pela história do Modernismo e suas manifestações na capital paulista. Para dar vida a personagens históricos, foram convidados os atores Pascoal da Conceição, Rosi Campos, José Rubens Chachá, Virgínia Cavendish, Marcos Palmeira e Marcelo Airoldi.

Festa da cidade de São Paulo no Páteo do Colégio

Programação “O Grande Cortejo Modernista”

12h – Pateo do Collegio: abertura do espetáculo com os personagens Mário de Andrade (ator Pascoal da Conceição) e Oswald de Andrade (José Rubens Chachá), anunciando o Grande Cortejo Modernista / apresentação do Coral Paulistano e Guarani Amba Vera;

13h – Pateo do Collegio: show inédito de Elba Ramalho com a banda Bixiga 70 dá início ao cortejo;

14h – Largo São Bento: no berço do Hip Hop, show com Karol Conka, Rashid, bboys, bgirls e DJs / pela Rua Líbero Badaró, são realizadas intervenções aéreas com dançarinos e performers; e os personagens Di Cavalcanti (Marcelo Airoldi) e Tarsila do Amaral (Rosi Campos) dialogam a partir das sacadas de prédios históricos;

15h – Rua Líbero Badaró: na sacada do Edifício Sampaio Moreira, sede da Secretaria Municipal de Cultura, os personagens Mário de Andrade (Pascoal da Conceição) e Anita Malfatti (Virginia Cavendish) falam dos 45 anos de criação da Secretaria e da exposição histórica de Tarsila, exibida em 1917 no edifício ao lado e que foi o “estopim” para a Semana de Artes Moderna de 22;

15h10 – Ainda no Edifício Sampaio Moreira: o grupo Demônios da Garoa canta o autêntico samba paulistano;

15h40 – Praça do Patriarca: o Balé da Cidade apresenta a coreografia “Tarsila”, inspirada na obra da artista plástica Tarsila do Amaral, ao som da banda aérea Cia-K Aerogroove / a atriz Rosi Campos, como Tarsila do Amaral, apresenta os bonecos gigantes da Cia. PiA FraUs, inspirados em obras do Modernismo brasileiro;

16h – Viaduto do Chá: ocorre uma performance aérea de canto e piano com Leda Cruz e bailarinos;

16h30 – Theatro Municipal: na sacada, os modernistas encontram com o ator Marcos Palmeira, que interpreta o compositor Heitor Villa-Lobos, para anunciarem o início das comemorações do centenário da Semana de Arte Moderna de 22 / O personagem Villa-Lobos e o maestro João Carlos Martins regem a Orquestra Sinfônica Municipal, com os musicistas usando chinelos, em alusão ao ocorrido na Semana de 22 / em seguida, surge o Bloco Pagu, composto por 100 mulheres, homenageando a escritora e jornalista Patrícia Galvão, um dos ícones do Modernismo / ao som do Bloco, o cortejo segue até o Largo do Paiçandu;

18h – Largo do Paiçandu: da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, a cantora e atriz Zezé Motta fala sobre a importância do local para a memória negra, em seguida, surge o bloco afro-afirmativo Ilú Obá de Min;

18h30 – Largo do Paiçandu: neste local, considerado o berço do circo em São Paulo, o público se depara com um boneco gigante de Piolin –palhaço festejado pelos modernistas– e, ao lado dele, circenses e a banda aérea Cia-K Aerogroove embalam o público, que se diverte com bolas coloridas atiradas pelos artistas;

19h – Galeria do Rock: a banda Skank faz um show especial, revisitando seus grandes sucessos / em seguida, o Bloco Pagu e os modernistas conduzem o público até o cruzamento das Avenidas Ipiranga e São João;

20h – Na esquina mais famosa de São Paulo, Ney Matogrosso faz show de voz e piano (Leandro Braga);

21h – Pela Avenida Ipiranga, o Bloco Baixo Augusta embala os participantes com ritmos carnavalescos até a Praça da República, anunciando o Carnaval de Rua de São Paulo;

22h30 – Na Praça da República, o cortejo é encerrado pelo show “Trojan Jamaica”, que reúne a lenda do reggae U-Roy, BNegão, SSHH & Zak Starkey.

Festa da cidade de São Paulo no Páteo do Colégio

De Secretaria Especial de Comunicação