Entidades ligadas aos movimentos sociais negros, de mulheres e coletivos antirracistas, com atuação na cidade de São Paulo, podem indicar um nome para concorrer ao prêmio. 

As inscrições devem ser enviadas para o e-mail smdhccpir@prefeitura.sp.gov.br, indicando no assunto Proposta Edital Prêmio Luiza Mahin nº 004/2023/SMDHC/CPIR. 

Além do nome, as entidades devem enviar telefone e e-mail da pessoa indicada, sua minibiografia, a justificativa da indicação e informações sobre homenagens e/ou premiações que a concorrente ao prêmio tenha recebido anteriormente. 

É necessário enviar, também, um breve histórico da organização proponente, comprovando sua atuação em prol da cultura negra e contra o racismo no município. 

A premiação acontece em julho, em comemoração ao Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe, conforme o Decreto Municipal nº 52.242, de 14 de abril de 2011, que regulamenta a Lei Municipal nº 14.636, de 19 de julho de 2007. 

Visibilidade e reconhecimento 

O reconhecimento de suas trajetórias é da maior importância para as ganhadoras do Luíza Mahin. De acordo com Ana Beatriz Prudente Alckmin, 29 anos, criadora do primeiro projeto de empreendedorismo cultural feminino para formação de produtoras culturais e artistas periféricas, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, “foi uma cura para a angústia da invisibilidade as pessoas saberem que teve uma mulher negra ajudando a construir uma política pública importantíssima para a cidade”. Premiada em 2020, ela é a mais jovem ganhadora do Prêmio. 

Para Martha de Oliveira Braga, 70 anos, uma das homenageadas mais experientes e presidente do Aristocrata Clube, criado para receber pessoas negras, que normalmente eram banidas dos demais espaços, o sentimento é semelhante. “É uma honra receber esse prêmio no dia que o Aristocrata Clube completa 62 anos de resistência a todas as mazelas que a gente já sofreu e que ainda sofre por ser negra. Antigamente o negro não podia entrar nos grandes clubes, senão pela porta dos fundos, como empregado”, afirmou. Ela foi premiada em 2021. 

Desde sua primeira edição, em 2020, o Prêmio Luíza Mahin condecorou 21 mulheres que estão no front da luta antirracista, nos mais variados segmentos como saúde, direito, cultura, educação e assistência social, entre outras. Em 2023, outras sete mulheres negras serão homenageadas. A expectativa é que as premiações individuais continuem fortalecendo cada vez mais os coletivos. 

Quem foi Luiza Mahin 

A premiação leva o nome da líder, guerreira e ex-escrava africana, provavelmente originária da Costa de Mina, no Golfo da Guiné. Organizou diversos levantes de escravos, que sacudiram a Província da Bahia nas primeiras décadas do Século XIX. De acordo com historiadores, Luiz Gama daria a entender que Luiza Mahin era a sua mãe. 

O edital está disponível no site da SMDHC. 


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