Os dados mostram que, em 2019, foram 30.756 acolhimentos, enquanto em 2020 foram 37.375. Já nos anos seguintes, 2021 e 2022, a rede atendeu 42.122 e 51.398 pessoas, respectivamente.

A coordenadora da Área Técnica dos Povos Indígenas da SMS, Catherine Russo Espinoza Degan, explica que as estratégias para facilitar o acesso ao atendimento envolvem ações integradas e personalizadas. “O olhar humanizado para o acolhimento da população indígena no município faz parte de uma série de medidas de promoção e cuidado à saúde. Pensamos as políticas de saúde de forma estratégica a fim de ampliar o acesso dessa população à rede municipal de forma personalizada e focada nas necessidades específicas desse público”.

Rede especializada
*O atendimento, além de ser realizado em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade, é oferecido em outras duas unidades exclusivas: UBSs Indígenas (UBSIs) Vera Poty/Krukutu, que atende uma população estimada em 1.370 aldeados na zona sul, e Aldeia Jaraguá – Kwarãy Djekupe, referência para 754 aldeados na zona norte da capital.

O diferencial, de acordo com Catherine, fica por conta do trabalho de médicos e enfermeiros, especializados em saúde indígena, e a participação ativa dos povos indígenas. “Esse contato dos profissionais de saúde com as lideranças indígenas proporciona uma maior interação com a comunidade, o que nos permite oferecer atendimento integral, resolutivo e equânime.”

Prova disso são as rodas de conversa com a temática LGBQIAPM+, que ocorre toda semana com jovens da Aldeia Jaraguá, uma forma oferecer apoio e acolhimento a esse público. “Acho muito importante esses encontros, porque nos sentimos seguros, temos apoio e aprendemos a reconhecer o que somos e, acima de tudo, nos aceitar. Nesses encontros, nós nos fortalecemos e isso nos traz muito conforto”, relata Gabriel Augusto Wera Popygua, de 17 anos, da aldeia Jaraguá.

Dia Internacional dos Povos Indígenas
A SMS realizou nesta quarta-feira (9), diversas ações culturais típicas e de promoção à saúde para crianças, adultos e idosos indígenas da etnia Guarani das comunidades Tenondé Porã, Krukutu, no extremo sul da capital, e Jaraguá, na zona norte. A iniciativa visa integrar os hábitos culturais na discussão e na prática de promoção à saúde em alusão ao Dia Internacional dos Povos Indígenas.

Ações
UBSI Aldeia Jaraguá
Ações da semana
Quinta-feira (8h30): contação de histórias indígenas, no Parque Estadual do Pico do Jaraguá
Sexta-feira (10h): roda de conversa com jovens LGBQIAPM+, na UBSI Jaraguá

Indígenas na capital
Atualmente, vivem na cidade de São Paulo 19.777 pessoas autodeclaradas indígenas, de acordo com o Censo 2022. Destas, cerca de 2 mil estão em aldeias demarcadas nos bairros do Jaraguá, na zona norte, e Parelheiros, na zona sul, e as demais em contexto urbano.

Na cidade existem duas terras indígenas de etnia Guarani: a Jaraguá, com as aldeias Pyau, Itakupe, Yvy Porã, Ita Endy, Ita Vera e Ytu, na zona norte, onde vivem quase 800 pessoas; e a terra indígena Tenondé Porã, na zona sul, com oito aldeias (Tenonde Porã, Krukutu, Guyrapaju, Kalipety, Yrexakã, Kuaray Rexakã, Tape Mmir e Tekoa Porã), com pouco mais de 1.400 pessoas.

 

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