Zona Sul da capital ganha mais um polo do projeto Portas Abertas: Português para Imigrantes

Nova turma foi aberta no Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) Clovis Caitano Miquelazzo, no Parque Bristol

O Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) Clovis Caitano Miquelazzo, no Parque Bristol, Zona Sul da capital, passou a contar com um polo do projeto Portas Abertas: Português para Imigrantes desde o fim do mês de agosto. A ação é uma iniciativa conjunta das secretarias municipais de Educação (SME) e de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) com o objetivo de oferecer cursos de português gratuito, contínuo e distribuído por várias regiões da cidade de São Paulo.

O equipamento está localizado em um território periférico da cidade que tem recebido pessoas migrantes de vários países da América Latina e na noite de abertura do projeto, em 23 de agosto, estudantes brasileiros apresentaram poemas que evidenciaram a migração interna, principalmente da região nordeste para São Paulo, realidade muito comum de estudantes da EJA. Os/as estudantes do projeto Portas Abertas apresentaram as bandeiras de seus países de origem (Colômbia, Guiana, Venezuela e Peru) e também apresentaram obras literárias, musicais e mesmo as culinárias desses locais. Todos puderam degustar arepas, prato comum nas culinárias colombiana e venezuelana, e a chicha morada, bebida à base de milho roxo comum no Peru.

Segundo o professor Ewerton Menezes, coordenador geral no CIEJA, a implementação do curso na escola veio ao encontro de uma necessidade que essas pessoas têm apresentado quanto à apropriação da língua portuguesa. “No entanto, mais que aprender nossa língua, queremos que eles se sintam acolhidos em nossa comunidade e seguros para poder viver e compartilhar as culturas que trazem consigo”, destacou Menezes.

Regiane Aparecida dos Santos, professora do projeto, realizou a formação oferecida pela SME e SMDHC em 2022. “Fiquei encantada com a possibilidade do ensino da língua como acolhimento e, desde o início do curso de formação até agora, a experiência não apenas qualifica minha prática docente, mas também a minha experiência humana. Nessa troca, já não tenho certeza se são eles ou eu que aprendo, disse a professora.”

Sobre o Portas Abertas: Português para Imigrantes

O curso acontece nas unidades da Rede Municipal de Ensino (RME) e é ministrado por professores(as) que passam por uma formação específica. O público-alvo são as comunidades migrantes, de forma geral, e familiares das crianças e jovens estudantes da Rede.

O projeto Portas Abertas busca garantir os direitos para a população imigrante da cidade de São Paulo, assegurar seu acesso, permanência e aprendizagem na escola, propiciar sua inserção no mercado formal de trabalho e promover sua regularização migratória. O projeto funciona de acordo com o estabelecido na Portaria Intersecretarial SMDHC/SME Nº 0021, de 18 de agosto de 2017 e todos os migrantes podem ter acesso ao curso, não são impeditivos para inscrição: a falta de documentos, a situação migratória (migrante, apátrida, refugiado etc.) ou a nacionalidade.

Para Carolinne Mendes, responsável pelo projeto na SME, o Portas Abertas pode significar um enriquecimento para a escola que se torna polo. “Enquanto a população migrante se beneficia do aprendizado da nossa língua e cultura, nós também podemos aprender muito com quem vem de fora do país, aprender outros idiomas, conhecer outras culturas e ter uma noção sobre como o Brasil é visto de outros lugares”, afirmou.

Clique aqui e saiba mais sobre o projeto.

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