A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de São Paulo, através do Departamento de Produção e Análise de Informação, publicou recentemente, um estudo sobre as tendências atuais do mercado imobiliário em São Paulo. Os “Informes Urbanos” e o estudo completo podem ser acessados na área “Mapas e Dados Urbanos”, no site da SMDU.
Com base em dados extraídos do cadastro Embraesp, são abordados aspectos importantes da relação que a cidade estabelece com o automóvel na produção do espaço urbano. Mais precisamente, o trabalho busca dimensionar a produção de vagas de garagem nos empreendimentos residenciais e estimar o espaço neles destinado ao automóvel.
O estudo lança mão de indicadores para analisar a relação entre a área ocupada pelas vagas e garagens e a área construída, seja a área total ou apenas a área privativa e aponta que, para os lançamentos residenciais feitos entre 1992 e 2012, a área neles destinada aos automóveis representou espantosos 48,6% do total de área privativa nos apartamentos lançados.
Este padrão de ocupação do espaço urbano revela-se, contudo, pouco sustentável a médio e a longo prazos, pelo custo crescente que impõe aos empreendimentos imobiliários e ao valor de cada unidade residencial, mas também pelo consumo que representa de um bem crescentemente escasso que é a terra urbana.