As obras de drenagem que estão sendo realizadas na região da Pompéia irão quintuplicar a vazão dos córregos Água Preta e Sumaré, na zona oeste. Financiada pela Operação Urbana Água Branca, a intervenção começou em julho de 2013, e a obtenção de licenças junto a órgãos municipais, estaduais e federais está sendo concluída para que a obra seja liberada às etapas finais. O prefeito Fernando Haddad vistoriou nesta terça-feira (9) o canteiro das obras e acompanhou construção das novas galerias.
“É uma obra complexa que depende de muitas licenças. Para ter uma ideia do que nós tivemos que enfrentar: nós tivemos que ter autorização da CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos], para as galerias passarem debaixo dos trilhos, tivemos que ter autorização da Sabesp [Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo], para passar debaixo de uma adutora, tivemos que ter licença do DAEE [Departamento de Águas e Energia Elétrica], para fazer a embocadura do rio, tivemos ter autorização da ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres], pelo transporte de cargas. Fora as licenças da própria Prefeitura. Mas agora nós temos uma obra e um prazo para terminar”, afirmou Haddad.
A obra é reivindicada há pelo menos 20 anos pelos moradores e empreendedores dos bairros Água Branca, Perdizes, Pompéia e Barra Funda. A região passa por alagamentos causados por adensamento, ocupação desordenada, impermeabilização do solo e pela deficiência das redes e galerias existentes. Com a intervenção, a capacidade de vazão do córrego Sumaré passará dos atuais 15,3 m³ por segundo para 65,3 m³ por segundo. Já o córrego Água Preta terá sua capacidade ampliada dos atuais 11 m³ por segundo para 73,5 m³ por segundo.
Para evitar transtornos causados pela interrupção da circulação de veículos na Marginal Tietê e de trens na área próxima à estação Barra Funda, parte das obras está sendo realizada por meio de túneis. A intervenção tem um total de 2.473 metros, sendo 1.530 metros de galerias e 943 metros de túneis.
Durante esta manhã, o prefeito apresentou o andamento das obras ao presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras, Paulo Nobre, e ao presidente da construtora WTorre, Walter Torre Júnior. “É uma obra fundamental. A arena [estádio do Palmeiras] recebe público muito grandes e os palmeirenses sofriam muito, com as chuvas os carros chegavam boiar na Rua Turiaçu. Quem vai ganhar muito com isso é a população da região”, disse Paulo Nobre, referindo-se ao estádio Allianz Parque, inaugurado em setembro deste ano.
Segundo o secretário Roberto Garibe (Infraestrutura Urbana e Obras), o andamento das obras está adequado e a previsão é que as galerias estejam funcionando no verão de 2015/2016. “A gente já conseguiu a maior parte das liberações que a gente precisava. Saiu a CPTM agora, estamos aguardando só a ANTT. É uma franja de expansão da cidade, vamos beneficiar o centro deste bairro, em que as cheias têm incomodado muito”, afirmou Garibe. O investimento nesta intervenção de drenagem é de R$ 178,6 milhões.
Fonte: SECOM (Secretaria Executiva de Comunicação)