Mais de 65% da área construída na cidade têm uso residencial

Dado provém de estudo da SMUL que avaliou os tipos de usos predominantes em São Paulo no ano de 2021

Mais de 65% da área construída na cidade apresentam uso residencial. É o que mostra o Informe Urbano nº 57, elaborado pela Coordenadoria de Produção e Análise de Informação (GEOINFO) da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Para chegar a essa conclusão, os técnicos analisaram dados do IPTU para o ano de 2021. Acesse aqui o estudo.

Os resultados deste novo Informe Urbano foram obtidos a partir da aplicação de uma técnica chamada de “Tipologias de Uso H”. Trata-se de um método de cruzamento entre duas variáveis disponíveis na base de dados do IPTU: “uso do imóvel” e “padrão de construção”. Confira a classificação abaixo:

 

Entre os principais resultados, o estudo sinaliza que a cidade possuía, em 2021, 547,4 milhões de m² de área construída. Deste total, 65,8% apresentavam uso residencial, com destaque para o “Uso Residencial Vertical Médio Padrão”. Somados, tipos de comércio e serviços detinham 22,5% da área construída. Os 11,3% restantes se dividiam entre indústrias, usos especiais, usos coletivos, escolas, armazéns e depósitos e garagens não residenciais.

Além de tabelas, o Informe Urbano reúne mapas que mostram a tipologia predominante em cada quadra fiscal da cidade. Também estão disponíveis mapas específicos para cada tipologia, a fim de demonstrar em quais regiões elas estão mais presentes.

 

 

Neste sentido, é possível aferir, por exemplo, que o “Uso Residencial Vertical Médio Padrão” está presente em todas as regiões da cidade, mas com maior concentração no centro expandido; o "comércio e serviço horizontal” aparece com frequência na porção leste da região central (distritos de Pari e Brás); o “uso industrial” é predominante às margens do Rio Tietê – em sua porção oeste –, no eixo do rio Tamanduateí e nos distritos de Santo Amaro e Campo Grande, na região sul, e as “garagens não residenciais” são visíveis em distritos da região central e entorno.

Vale destacar que o Informe Urbano também considerou os anos de 2014 e 2018 para a elaboração das tabelas e mapas. Isso porque em 2014 houve a aprovação do Plano Diretor Estratégico (PDE) e 2018 serve de comparação intermediária entre os outros dois anos. Todavia, ao não identificar mudanças significativas entre os anos com relação à predominância das tipologias, a equipe de GEOINFO manteve apenas o ano mais recente (2021) para análises aprofundadas.

 

 

Informes Urbanos

Os Informes Urbanos são estudos sobre temas de interesse para o desenvolvimento de São Paulo. As análises são elaboradas sobre dados demográficos, sociais, econômicos e de uso do solo, sempre sob a ótica da dimensão territorial, ou seja, da manifestação desses temas no espaço urbano. Para acessar, clique aqui.