Saiba mais sobre o histórico do Viveiro Harry Blossfeld

Equipamento é responsável pela produção de exemplares arbóreos e palmáceas

Na última reportagem da série sobre os três viveiros municipais, hoje falaremos sobre o Viveiro Harry Blossfeld (VHB), responsável pela produção de mudas de árvores, com exemplares arbóreos e palmáceas. Ele está situado em Cotia, junto ao Parque CEMUCAM, por conta disso anteriormente era chamado de Viveiro de Cotia, mas teve seu nome alterado em 10 de outubro de 2008 para homenagear seu fundador. O equipamento abrange uma área de aproximadamente 553.000 m², sendo 84.266 m² de área produtiva composta de canteiros, quadras de produção, estufa, estufins, ripado e bancadas de tubetes.

 

 

 

 

História do Viveiro Harry Blossfeld

 

A origem está diretamente ligada à vida de seu fundador, Harry Blossfeld. Nascido em 27 de fevereiro de 1913, na Alemanha, durante a Primeira Guerra Mundial, ele enfrentou uma infância difícil, marcada pela escassez de alimentos e por uma infecção pulmonar grave quando tinha apenas 7 anos. Sua família tinha raízes botânicas, com ancestrais cultivadores de plantas, e seu avô materno tinha contato com Andreas Voss, um renomado autor de enciclopédias sobre o assunto.

 

Inspirado por seus familiares, Harry estudou botânica na Universidade de Berlim, com foco em orquídeas e cactáceas. Ele adquiriu experiência trabalhando em viveiros na Alemanha e posteriormente embarcou em expedições pela América do Sul já que os estudantes alemães da época sofriam constantes repressões do governo de Adolph Hitler, pois promoviam muitas manifestações. No hemisfério sul fez descobertas significativas de novas espécies de cactáceas e outras plantas.

 

Após suas expedições, Harry estabeleceu o Orquidário Tremembé no Brasil, mas a Segunda Guerra Mundial interrompeu as exportações que ele realizava. Depois de uma última atividade que durou 15 meses, ele retornou ao Brasil com problemas de saúde, incluindo tuberculose pulmonar.

 

Após sua recuperação, Harry trabalhou na Prefeitura de São Paulo, contribuindo para a criação de áreas verdes e viveiros na cidade. Ele também planejou o Viveiro de Cotia, que se tornou o maior do Brasil dedicado à conservação da vegetação natural e, em 1969, foi inaugurado.

 

No dia 7 de julho de 1986, Harry faleceu e em 2008 alteraram o nome do viveiro para homenageá-lo.

 

 

 

Atualmente, o VHB produz cerca de 270 espécies de árvores utilizadas em diversas áreas, incluindo a arborização de ruas, parques, restauração florestal e paisagismo, contribuindo para a floresta urbana, com espécies notáveis como o ipê-amarelo, o ipê-rosa-anão, o cambuci, o cambucá, e algumas ameaçadas de extinção como o palmito-juçara, o jacarandá-da-bahia e a araucária.

 

 

Confira aqui a primeira reportagem da série, sobre o Viveiro Manequinho Lopes e a segunda, sobre o Viveiro Arthur Etzel.

 

 

Esta reportagem contempla os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) 12 (Consumo e Produção Responsáveis), 13 (Combate às Alterações Climáticas) e 15 (Vida sobre a Terra).

 

  

 

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