SVMA participa da Roda de Conversa “Parelheiros na cena da Justiça Climática”

Encontro reuniu técnicos ambientais e representantes de entidades locais

Profissionais da Assessoria Técnica em Mudanças Climáticas e da Divisão de Gestão de Unidades de Conservação (DGUC) da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) foram convidados pelo IBEAC (Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário), no dia 29 de maio, a participar de uma Roda de Conversa sobre Justiça Climática e questões socioambientais relacionadas à região de Parelheiros, no Espaço Parelheiros Saudável, no Vargem Grande, bairro da zona sul da cidade, localizado na Área de Proteção Ambiental (APA) Capivari-Monos.

 

O encontro envolveu representantes do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC), do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD) e da Agência Vozes de Parelheiros. Um de seus objetivos foi a formação interna de membros das equipes que atuam junto aos moradores, abordando questões socioambientais, informações sobre os parques naturais e outras áreas protegidas, como é o caso das APAs municipais Capivari-Monos e Bororé-Colônia, assim como as vulnerabilidades, como riscos de desastres e eventos climáticos extremos, que afetam principalmente as populações mais pobres.

 

No diálogo, o biólogo e gestor da APA Capivari-Monos, Luccas Longo, da DGUC, apresentou o panorama das Unidades de Conservação municipais e outras áreas protegidas, como a Terra Indígena Tenondé-Porã, o Parque Estadual da Serra do Mar e as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), além de ter destacado a importância que os parques e áreas verdes locais possuem para as comunidades.

 

Luccas abordou a importância de todas essas áreas, que vai muito além da função ambiental, pois também possui funções social, cultural e de saúde e bem-estar. A região conta com os Parques Naturais Municipais Jaceguava, Itaim, Varginha, Bororé e Cratera de Colônia; os parques Nascentes do Ribeirão Colônia e Linear Parelheiros; e as APAS Capivari-Monos e Bororé-Colônia, que são unidades de conservação que reconhecem a presença das pessoas e que promovem o uso sustentável da natureza através da agricultura familiar, produção rural, ecoturismo e uma série de outras atividades que colaboram para a geração de renda pautadas na preservação.

 

As assessoras técnicas em Mudanças Climáticas, Ana Luísa Vasconcelos e Débora Diogo abordaram os conceitos e causas do aquecimento global, das mudanças do clima – decorrentes das emissões de gases de efeito estufa que causam o aumento da frequência e da intensidade de eventos climáticos, como altas temperaturas, ondas de calor, doenças – e da importância da população estar mais preparada e bem informada sobre seus direitos, medidas de proteção civil, justiça ambiental e climática, para aumentar sua capacidade de adaptação a esse panorama dos extremos climáticos, que têm ocorrido no Brasil e no mundo.

 

Sobre as importâncias social e ambiental da região de Parelheiros
O território de Parelheiros representa um Patrimônio Ambiental estratégico para a vida da Cidade de São Paulo por sua diversidade e riqueza de recursos naturais. Abrange uma área que representa 24% do município, formada de remanescentes de Mata Atlântica, com uma mata nativa e biodiversidade protegidas, além de grande produção agrícola. Sua rede hídrica contempla três bacias hidrográficas: Capivari, Guarapiranga e Billings, sendo que as duas represas fornecem água para 25% da população da cidade.

 

A região tem a presença do povo guarani Mbya em 11 aldeias, que através de seu modo de vida – Nhandereko –, protegem a Mata Atlântica e garantem seu uso sustentável. No período imperial, em 1827, imigrantes alemães, suíços e austríacos foram convidados a vir para estabelecer colônias agrícolas. Na década de 1940 chegaram os imigrantes japoneses, que impulsionaram a agricultura com plantio de hortaliças e plantas ornamentais, tornando Parelheiros o reduto rural de São Paulo.

 

A Cratera da Colônia é um marco geológico de importância, descoberto em 1961, resultado da queda de um corpo celeste que, ao colidir com a Terra há milhões de anos atrás, abriu uma cratera de 3,6 km de diâmetro e 300 metros de profundidade. Ao longo do tempo, ela foi gradualmente preenchida por restos de vegetação e sedimentos. Atualmente, dentro dela existe o núcleo Vargem Grande.

 

  
Encontro entre técnicos da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente com representantes de entidades socioambientais de Parelheiros

 

Esta reportagem contempla os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima), 15 (Vida terrestre) e 17 (Parcerias e Meios de Implementação).

 

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