51 anos de Parque Alfredo Volpi

Inaugurado em 27 de abril de 1971, ele homenageia um dos pintores mais emblemáticos do país

O Parque Alfredo Volpi é um respiro verde para quem mora no bairro do Morumbi e completa 51 anos hoje (27). Com área de 142.400m² e trilhas em meio a vegetação remanescente de Mata Atlântica do Planalto Paulista. Seu projeto paisagístico aproveitou as clareiras naturais do local para implantação de áreas de recreação, como o playground, pista de cooper, aparelhos de ginástica e mesas de piquenique.

O espaço atual do parque fazia parte de grande fazenda no século XIX. Depois o local foi dividido, dando origem a várias chácaras. Com o desenvolvimento imobiliário, em 1940, a região passou a ser habitada por famílias de alto poder aquisitivo, e o bairro tornou-se diferenciado com a construção do Estádio do Morumbi, em 1952, e o Palácio dos Bandeirantes, inaugurado em 1965. Antigamente chamado de Parque Morumbi, seu nome atual homenageia um dos mais conceituados pintores brasileiros.

Ao longo do parque, pode-se observar indicações com setas amarelas ou azuis que indicam as duas trilhas para que não haja conflito entre as duas atividades.
Os que desejam caminhar, seguem a trilha demarcada pelas setas amarelas. Os que desejam exercitar-se pela corrida, seguem pelas setas azuis. Obviamente, as trilhas para caminhada e corrida são apenas sugestões para os visitantes, mas manter-se dentro do percurso de seu interesse é mais adequado e torna a visita mais agradável.

Na vegetação destacam-se espécies como açoita-cavalo, bambu-chinês, cambuci, canjica, erva-de-santo-antônio e erva-mate – as ervas são remanescentes da fazenda, que vendia chás. Há também plantas ameaçadas de extinção como cedro, palmito-jussara e pinheiro-do-paraná.

Para quem visita o Alfredo Volpi, vale a pena observar as copas das árvores para tentar flagrar espécies como o tucano-de-bico-verde, capitão-de-saíra, cigarra-bambu, pica-paus, bicho-preguiça e saguis. Nos lagos, podem ser vistas carpas e rãzinhas-do-folhiço.

 

Alfredo Volpi

Alfredo Foguebecca Volpi (1896-1988) foi um pintor ítalo-brasileiro, destacando-se entre os artistas da Segunda Geração da Arte Moderna Brasileira. Começou sua carreira pintando paisagens, marinas e retratos que se transformaram em composições estilizadas e geométricas.

Influenciado pela arte italiana da década de 1920, realizou paisagens de cunho realista, pintando vistas dos bairros pobres da capital paulista ou de cidades do interior. Esticava e preparava o linho de suas telas e, a partir da década de 40, começou a criar sua própria tinta com verniz, clara de ovo e pigmentos naturais.

Suas telas apresentam grande sensibilidade para a luz e sutileza no uso das cores. Os principais temas representados em sua obra foram bandeiras, fachadas e mastros, que se misturavam em ilusões de ótica.