Conhecendo os Frutos do Diálogo - Experiências com Facilitação de Grupos

Descrição

A UMAPAZ, através do Projeto: A Prática do Diálogo para o Fortalecimento das Redes de Convivência convida-o(a) à participação neste evento.
Conversaremos a respeito de algumas experiências vivenciadas por pessoas que participam das atividades do Diálogo na visão de David Bohm realizadas na UMAPAZ desde 2008 e como que, a partir dessas vivências e estudos, tem sido propositivas nas suas vidas profissionais e pessoais, em articular a postura dialógica nas suas atuações com grupos nas mais diversas áreas e os modos que vem integrando criativamente o diálogo com seus públicos.
Serão apresentadas algumas experiências para dar visibilidade e proporcionar uma troca com o público que já passou por Oficina de Introdução ao Diálogo, ou outra capacitação inicial como Workshops e Cursos na UMAPAZ que permitiu obter o pré-requisito para a participação das demais atividades, dentre elas, Grupo Experimental de Diálogo, Círculo de Estudos de Diálogo, Oficina A Ética do Diálogo, Encontro A Arte do Diálogo: O Desenvolvimento da Qualidade da Escuta.
A intenção é ampliar o olhar para as atuações possíveis e imagináveis que levem a estimular as pessoas que tem interesse em introduzir o diálogo nas suas vivências e práticas, a vislumbrarem o universo de possibilidades e criar uma rede de troca de experiências com pessoas que possam se reconhecer nas suas buscas e facilitar as suas conexões.

Objetivo

Dar visibilidade às experiências e assim inspirar outras pessoas a ousarem trilhar o caminho da facilitação do diálogo nos grupos com os quais trabalha e ou se relaciona. 
Reconhecer as experiências de facilitação do Diálogo com grupos, refletindo sobre a singularidade das suas proposições, sua repercussão e desencadeamento de novas propostas.
Despertar questionamentos, curiosidade e reflexões sobre a importância da proposta dialógica e de sua experimentação criativa no âmbito coletivo.

Metodologia

Participativa, através de Exposição Dialogada e Troca Reflexiva.

Conteúdo programático

Dia: 02/07/2024 (terça-feira)
Horário: 09h30 às 12h30

 - Caminhos imperfeitos: uma jornada pessoal na construção da Cultura de Paz através do diálogo.

Jornada onde descobri que o que realmente vale a pena, vale ser feito, mesmo que de forma imperfeita. Desde meus primeiros passos na área da psicologia, tenho mergulhado em diversas vivências e cursos relacionados à cooperação, comunicação não-violenta, mediação de conflitos, e diálogo inspirado em especial na apresentação do diálogo na UMAPAZ, pela Márcia Moura.
Minha jornada inclui desafios, conquistas e aprendizados que compartilho com vocês, na esperança de inspirar uma reflexão sobre nossas próprias jornadas e o impacto que podemos ter na construção de um mundo mais conectado e compassivo. Junte-se a nós nesta conversa e vamos explorar juntos os caminhos da imperfeição rumo a uma vida significativa. Fernanda Lima Diógenes.

O sujeito que se abre ao mundo e aos outros inaugura com seu gesto a relação dialógica em que se confirma como inquietação e curiosidade, como inclusão em permanente movimento na História.” (FREIRE, pedagogia da autonomia, 2009, p. 136)
Inspirada pela citação acima, de Paulo Freire, como sujeito em movimentação histórica, relatarei o percurso desta facilitadora, até o projeto Conviver. No primeiro movimento será relatado o encontro de facilitadores, treinamento e desenvolvimento de metodologia para o Projeto Conviver. Em sequência, como o texto tênis X frescobol, de Rubem Alves, eu e Fernanda contaremos nossas experiências enquanto facilitadoras, recursos, trocas, desafios e resultados de 3 dias consecutivos, de vivência da metodologia do Diálogo de David Bohm. Juliana Gonçalves Albuquerque.

Dia: 05/07/2024 (sexta-feira)
Horário: 14h30 às 17h30

- Rodas de diálogo e suas contribuições à comunicação na longevidade.

Marilia Fiorezzi Taborda Vieira Sanches
O Diálogo de Bohm pode ser aplicado para compreender, melhorar ou transformar questões do envelhecimento? Como se dá esse processo? Serão apresentadas as experiências da pesquisa desenvolvida no mestrado, com pessoas idosas, relacionando aos princípios do diálogo proposto.
O objetivo da pesquisa foi aplicar rodas de diálogo seguindo os passos propostos por David Bohm, com intuito de despertar os participantes para a importância de uma prática dialógica que reconheça a diversidade existente no mundo, a fim de transformar a consciência do ser humano para cooperar, colaborar e reconhecer a diversidade como um espaço de convivência rico em experiências e conhecimento.

- Relato de experiência de pesquisa – A construção de fala do “eu”. Juliana Gonçalves Albuquerque.

“Fazer a transição do silêncio à fala é, para o oprimido, o colonizado, o explorado, e para aqueles que se levantam e lutam lado a lado, um gesto de desafio que cura, que possibilita uma vida nova e um novo crescimento. Esse ato de fala, de “erguer a voz”, não é um mero gesto de palavras vazias: é uma expressão de nossa transição de objeto para sujeito — a voz liberta." (HOOKS, Erguer a voz: pensar como feminista, pensar como negra, 2019, p. 38-39)
O presente relato, consiste em um story telling, para narrar, a partir de minha história de vida, o desenvolvimento da facilitadora de metodologia de diálogo (David Bohm), como ato de fala da primeira pessoa. Consiste, ainda, em relatar a trajetória da transição do pacto do silêncio para o pacto do diálogo, desenvolvida como dissertação de mestrado na PUC/SP, sob inspiração desta citação de Bell Hooks.